tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post1832074750248178694..comments2024-03-12T11:18:02.338+00:00Comments on velharias: Uma bambochade: Corps de garde de Sébastien BourdonLuisYhttp://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-59528436078168681942010-03-23T18:16:22.352+00:002010-03-23T18:16:22.352+00:00Estive a ver algumas "bambochades" do Pi...Estive a ver algumas "bambochades" do Pieter Van Laer e são de facto semelhantes às pinturas que o Sr. Sébastien Bourdon pintou nos seus tempos romanos e gostei muito do teu postLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-36663108675018477222010-03-18T12:08:30.162+00:002010-03-18T12:08:30.162+00:00É interessante este termo que parece ter tido orig...É interessante este termo que parece ter tido origem nas proporções disformes de van Laer, as quais foram por ele passadas igualmente para a tela, quase como numa imagem reflectida de si mesmo. <br />E este hábito de retratar o dia-a-dia, que poderia ser sórdido, das classes mais desfavorecidas da cidade de Roma, está em absoluto contraste com os temas mais em uso no Sul da Europa. <br />Esta concepção do quotidiano está mais relacionada com a obra produzida no Norte da Europa, sobretudo pelos pintores flamengos. Não admira pois esta pouca apreciação que os italianos tinham por este género de pintura que escapava aos temas clássicos, tão caros à sociedade vigente, como os de cariz religioso/mitológico ou de retrato das classes dominantes.<br />Também gostei muito do retrato que de Bourdon fez Rigaud. Aliás, a relação entre os dois é desfasada no tempo, pois Rigaud tinha 12 anos quando Bourdon morreu. <br />Estes artistas, são ambos originários do midi francês, Rigaud é catalão à altura do seu nascimento (nasceu com o nome de Hiacint Francesc Honrat Mathias Pere Martyr Andreu Joan Rigau) e Bourdon de Montpellier.<br />E é aqui que se estabelece a relação entre os dois, pois Rigaud, que fez a sua aprendizagem em Montpellier, tomou Bourdon, a par de Van Dyck e Rubens, como marco director para o desenvolvimento do seu estilo tão ligado ao Barroco, e que se estende, como é do conhecimento geral, aos reinados de dois Luíses, o XIV e o XV. <br />A um dos auto-retratos de Bourdon, adquirido por Rigaud, este adicionou-lhe o panejamento que aqui aparece nesta gravura que apresentas. Aliás, a esta gravura, de 1730, foi-lhe adicionado, julgo que pelo gravador, Laurent Cars, um enquadramento sob a forma de uma janela em pedra, que serve para dar mais força e equilíbrio à obra, e que era um recurso muito utilizado entre gravadores deste período. <br />E faz lembrar um outro retrato, este anterior, de 1701, do próprio Rigaud, feita por Pierre Drevet (com base numa pintura de Coypel), onde o pintor é mostrado emoldurado também por uma janela de pedra, com o cavalete atrás e o panejamento dianteiro, arranjo que o pintor deve ter gostado tanto que o deve ter sugerido para esta gravura que apresentas.<br />Mais uma vez o texto excedeu o que pensava, mas foi uma forma de reorganizar as minhas ideias também<br />ManelAnonymousnoreply@blogger.com