tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post4549011888704837102..comments2024-03-28T22:31:53.123+00:00Comments on velharias: D. António, Prior do Crato LuisYhttp://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-83332175707152978972019-01-06T16:08:10.766+00:002019-01-06T16:08:10.766+00:00Margarida
Obrigado pelo seu comentário. A gravura...Margarida<br /><br />Obrigado pelo seu comentário. A gravura não é propriamente de primeira qualidade, mas o seu significado é tão interessante para a história de Portugal e também de Espanha. Um abraço e boa semanaLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-20887442236827908572019-01-05T19:32:03.559+00:002019-01-05T19:32:03.559+00:00Muito interessante e gosto da gravura. Boa noite!Muito interessante e gosto da gravura. Boa noite!Margarida Eliashttps://www.blogger.com/profile/04571760382233074903noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-49418653702305263252019-01-04T17:01:25.582+00:002019-01-04T17:01:25.582+00:00Manel
Obrigado pelo teu comentário, que acrescent...Manel<br /><br />Obrigado pelo teu comentário, que acrescentou muitos dados valiosos sobre esta época.<br /><br />A minha simpatia pelo Prior do Crato vem também naturalmente dos bancos da escola, em nos ensinavam que o Prior do Crato era muito bonzinho e que Filipe II, era um homem austero e com uma ambição sem limites e que não descansou enquanto não anexou Portugal.<br /><br />Hoje em dia a história perdeu o seu caracter nacionalista e temos uma visão menos maniqueísta destes acontecimentos que levaram a perda da independência de Portugal.<br /><br />Todas as guerras são más para o património artístico de um país. Os ouros e as pratas são derretidas e as joias vendidas para financiar os exércitos e se o País perde o conflito, os seus tesouros são pilhados pela soldadesca ou transportados para a capital da nação vencedora. Foi essa a sorte de Portugal após 1580, como também a do Iraque há bem pouco tempo, cujo principal museu, em Bagdad foi pilhado e saqueado.<br /><br />D. António não tinha quaisquer hipóteses contra o poderio da Espanha de Filipe II, mas em todo o portou-se como um homem, deu luta e não fugiu para o Brasil com o rabo entre as pernas, como mais tarde fez o nosso Príncipe Regente, o D. João VI.<br /><br />Talvez neste meu texto, transpareça alguma antipatia por Filipe II de Espanha, que não exactamente verdade. Como monarca de Portugal, D. Filipe foi um administrador excelente, respeitando as leis próprias do reino de Portugal e que pensou mesmo fazer a capital do seu império aqui em Lisboa.<br /><br />Em todo o caso, na galeria de gravuras de reis da minha casa, o D. António vai ficar a par dos outros monarcas portugueses. <br /><br />Um abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-89335113724897668962019-01-04T14:35:28.654+00:002019-01-04T14:35:28.654+00:00Confesso que não nutro muita simpatia por este pre...Confesso que não nutro muita simpatia por este pretendente ao trono. <br />De acordo com Annemarie Jordan, na sua obra sobre Catarina de Áustria, esta refere que uma parte significativa do tesouro português tinha sido espoliado por este D. António, supostamente com o intuito de fazer frente a Filipe II. <br />Quando li algo sobre o que teria feito para defender o seu lugar como pretendente ao trono português (o que é um tanto nebuloso, dada a falta de informação com que na altura me deparei), pareceu-me que ele tinha juntado uns quantos homens, a maior parte deles escravos e gente do povo sem qualquer treino ou formação adequada, e alguns, poucos, nobres e "gente de algo" que se encontravam contra os Áustrias, e, com estas pessoas formou como que uma "tropa fandanga" a que chamou de exército, e lançou-os para a morte/aprisionamento contra o exército do Alba, bem treinado e apetrechado, ainda que formado por mercenários à procura de bons despojos num território onde as grandes famílias, e até gentes menos abastada, tinham acumulado uma quantidade apreciável de riquezas, dadas o elevado número de gerações durante as quais Portugal esteve em paz, e com uma ligação extremamente proveitosa às explorações dos mais diversos produtos e bens que provinham da rota das especiarias e das Índias.<br />Lendo a obra de Rafael Valladares, "A Conquista de Lisboa, 1578-1583, como Filipe II tomou Portugal pela força", percebi que seria impossível ao Prior do Crato conseguir fazer frente às tropas do Alba, e a batalha de Alcântara não deve ter passado de uma escaramuça que terminou tão rapidamente como começou, sem o porte de batalha, apesar do Alba ter pretendido que o tinha sido, para, e de acordo com o código de conduta de guerra da altura, permitir às tropas o respetivo saque aos arrabaldes de Lisboa, o que revelou ser tão proveitoso que os próprios invasores ficaram espantados. <br />O Prior do Crato ficou ferido com alguma gravidade, mas conseguiu escapar, no entanto a "ocasião" tinha-lhe escapado, se é que a tinha tido, e nada mais conseguiu, não obstante as promessas de ajuda da França e Inglaterra. <br /><br />A coleção de arte que a coroa portuguesa tinha acumulado, muita da qual, herdada, tinha sido pacientemente continuada por D. Manuel e concluída pela própria D. Catarina de Áustria, e era tida por fabulosa, sobretudo no que se relaciona com prataria, joalharia, objetos de luxo, panos de arras, onde pontuava um número surpreendentemente elevado para a época, de tapeçarias flamengas, e a coleção de pintura, a qual, sem ser fantástica, como a de outras coleções reais europeias, não seria de desprezar, e tudo isto foi desbaratado e saqueado, primeiro pelo Prior do Crato e depois, claro, pelo próprio Filipe, que tudo levou para as coleções reais espanholas (ainda, e segundo Annemarie Jordan, o Alba tinha ordens do próprio Filipe II de escolher tudo o que fosse de valor e enviá-lo para a corte de Madrid, e ele, que não parece ter nutrido grande simpatia pelos portugueses, não se fez rogado, e tudo saqueou, enviando-o ao seu amo e senhor). <br />O que sobrou, que não deve ter sido muito, o terramoto do século XVIII se encarregou de fazer desaparecer.<br />Sempre me tinha admirado porque seria que não havia grande obras de arte reais expostas nos museus/palácios reais, anteriores ao século XVIII. Pensei que seria devido ao terramoto, mas a verdade era bem mais profunda e complicada.<br />ManelAnonymousnoreply@blogger.com