tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post6675388695385749278..comments2024-03-12T11:18:02.338+00:00Comments on velharias: Barro pretoLuisYhttp://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-46603682752811356442019-12-03T14:10:20.114+00:002019-12-03T14:10:20.114+00:00Muito obrigado pelo seu comentário. Quem sabe se e...Muito obrigado pelo seu comentário. Quem sabe se esta talha não foi comprada ao seu avô na feira de Vinhais. <br /><br />Um abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-60965253244536834162019-12-01T19:19:03.839+00:002019-12-01T19:19:03.839+00:00Meu avô era pucareiro em Vilar de Nantes, ele perc...Meu avô era pucareiro em Vilar de Nantes, ele percorria as feiras em lugarejos próximos com um burro carregado com as peças que fazia. Minha avó o acompanhava e os dois faziam escambo. Parabéns pelo post.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/01166349575508881189noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-70912624685652876562018-08-22T23:29:41.758+01:002018-08-22T23:29:41.758+01:00caro Anónimo
Desculpe só agora lhe responder, mas...caro Anónimo<br /><br />Desculpe só agora lhe responder, mas tenho estado de férias. Infelizmente esta peça não está assinada e eu sei pouco de olaria regional. Presumo que seja da zona de Vilar de Nantes, cujas peças chegavam à feira de Vinhais, mas é uma mera hipótese. Um grande abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-53545889602607185642018-08-14T22:53:50.177+01:002018-08-14T22:53:50.177+01:00Pode ser de Selhariz. Se for talvez tenha assinatu...Pode ser de Selhariz. Se for talvez tenha assinatura Silvino SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-45625254851758255072016-03-09T13:47:31.082+00:002016-03-09T13:47:31.082+00:00Caro Humberto Seixas
Muito obrigado pelo seu come...Caro Humberto Seixas<br /><br />Muito obrigado pelo seu comentário. Os seus conhecimentos especializados trouxeram um contributo muito interessante a este post e achei as suas explicações técnicas muito interessantes. Fiquei a saber o nome deste instrumento de conter, um talhote.<br /><br />A minha família paterna é do Concelho de Chaves e Vilar de Nantes não é um sítio que me seja indiferente. Uma tia bisavó minha, Maria da Conceição Alves (10.8-1876 a 12-07-1956)fundou e dirigiu o patronato de S. José em Vilar de Nantes, que acolhia raparigas pobres, instituição que creio que ainda hoje existe e cujo funcionamento é assegurado pelas Servas Franciscanas Reparadoras. Contei a sua história aqui, em http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2010/02/ay-marieke-marieke-je-taimais-tant.html.<br /><br />Um grande abraço<br />LuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-33450134526009959822016-03-08T20:26:04.773+00:002016-03-08T20:26:04.773+00:00ola eu sou o Humberto seixas (JOCA)artesão descend...ola eu sou o Humberto seixas (JOCA)artesão descendente de vilar de nantes....<br />esta peça é um talhote de almude, ou de dez reis, depende da capacidade, do mesmo...<br />quanto ao orificio, se este é regular, e apurado circularmente, era para levar uma torneira de madeira o que duvido por estar muito a cima doque era habitual (no fundo), se este orificio é irregular então a rolha foi uma boa forma de remediar um acidente que ocorre desta forma quando o talhote esta cheio e bate em qualquer objeto,,,<br />quanto a cor negra, é obvio que esta peça foi cozida em forno circular de dupla camara, mas não foi o fumo que lhe deu a cor como consta nos livros de outrora, é o processo de redução, falta de oxigenio na curva maxima de cozedura 1000º mais ou menos e isto deve-se a inversão da silica. <br />como exemplo temos o mprocesso de fazer o carvão dos carvoeiros vegetais.<br />para terminar... é melhor que os registos e os dizeres dos nossos mestre avos e familiares continuem, a vigorar (a giesta verde faz mais fumo e dalhe nais cor)...obrigado por falarem em vilar de nantes.humbertohttps://www.blogger.com/profile/02874500100956016988noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-11225715539942822732015-12-03T17:08:32.480+00:002015-12-03T17:08:32.480+00:00Manel
Este asado tem uma beleza intemporal, que é...Manel<br /><br />Este asado tem uma beleza intemporal, que é característica de muita da produção da olaria utilitária. São peças que repetem técnicas e formas centenárias ou até mesmo milenares. A cor negra acrescenta-lhe ainda mais beleza. <br /><br />Os dois tipos de fornos aqui descritos são ambos muito primitivos e o efeito é o mesmo, uma atmosfera redutora, que torna a loiça preta.<br /><br />Quanto ao material de combustão deve ter variado de zona para zona, consoante o que a natureza oferecia com mais quantidade. Recordo-me da minha mãe me contar que em Vinhais, no Distrito de Bragança, as giestas eram apanhadas pelas pessoas mais pobres, para fazer carvão, que depois era vendido de casa em casa.<br /><br />Como referi no post, em todas as regiões a Norte do Tejo, esta produção de barro preto era muito abundante. Claro, hoje em dia, serão já poucas as olarias a produzir esta louça o e quando o fazem é para vender como recordação, como objecto de artesanato aos turistas. Já ninguém conserva alimentos nenhum nestes potes de barro preto.<br /><br />um abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-11555168270603424652015-12-01T19:18:41.365+00:002015-12-01T19:18:41.365+00:00Gosto desta peça, pois é tão singela que atrai só ...Gosto desta peça, pois é tão singela que atrai só por isso mesmo.<br />E a falta de vidrado ainda a faz mais bonita.<br />A forma de lhe dar a cor negra, segundo li há muito tempo atrás, e que até já escrevi no teu blog, aquando se tratou da louça de "Black Basalt", parece ser através de caruma de pinheiro (alguns autores consideram que esta caruma deveria ser verde) colocada em determinado momento da cozedura a céu aberto, após o que se cobre todo o conjunto com terra para deixar ir cozendo a louça em atmosfera redutora, ficando esta com cor negra. Aliás, este método parece ser corroborado pelo teu comentador José Bioucas.<br />Antes pensava que esta produção era típica de uma região, mas descobri mais tarde que era produzida também em Coimbra e, na continuação, pelo país todo, o que faz sentido quando afinal se sabe que na sua produção se utilizam técnicas tão primitivas.<br />Gosto do uso que deste a esta peça.<br />ManelAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-25362523830575050892015-12-01T17:20:18.216+00:002015-12-01T17:20:18.216+00:00Caro José Bioucas
Em primeiro lugar, agradeço-lhe...Caro José Bioucas<br /><br />Em primeiro lugar, agradeço-lhe o cuidado de transcrever aqui os comentários que postou no facebook. Julgo, que introduzem dados novos interessantes ao tema deste post.<br /><br />Pelo que li, a cor preta do barro poderia ser feita através de dois tipos de fornos:<br />- a soenga, que José Bioucas muito bem descreveu e que é o método mais primitivo, com origem no Neolítico;<br />- O forno circular de duas câmaras, cuja descrição transcrevo da obras "A louça preta em Portugal, olhares cruzados. - Porto: Centro Regional de Artes Tradicionais, 1997". "As peças eram cozidas num forno circular de duas câmaras, separadas por uma grelha. A lenha, essencialmente de giesta, era introduzida por uma abertura na câmara inferior (de combustão) e a louça era colocada na câmara superior (de cozedura) que não possuía cobertura. Uma vez colocada a louça, o topo do forno era tapado com latões, cacos e ramos. Na parte final da cozedura o forno era abafado, por forma a manter o fumo no seu interior, o que conferia a cor preta à louça assim produzida".<br /><br />Estes dois tipos de fornos coexistiram pelo País fora, mas em Vilar de Nantes, de onde é provável que tenha vindo este asado, usava-se o forno circular de duas câmaras.<br /><br />A sua explicação acerca do orifício faz sentido. Aliás é curioso que ele está colocado estrategicamente a meio do bojo.<br /><br />Um abraço e obrigado pelo contributoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-53073102726918920392015-12-01T09:46:11.642+00:002015-12-01T09:46:11.642+00:00Sou nado e criado em Abrantes onde em miúdo privei...Sou nado e criado em Abrantes onde em miúdo privei com um oleiro e um louceiro, o oleiro fazia todo o tipo de recipientes em barro talhas potes vasos cântaros bilhas tijoleiras tijolo burro enfim uma enorme variedade de peças . O louceiro apenas fazia louça de cozinha, que vendia aos sábados de manhã no largo da feira e às segundas no mercado semanal fazia toda a louça de usada na cozinha , pratos alguidares escudelas asados púcaros toda a variedade de utensílios respeitantes aos alimentos . Este era altamente considerado ou outro era apenas o oleiro, ambos tinha oficina no lugar da Chainça na mesma rua .<br /><br />As técnica de cozedura era igual nos dois em forno a fogo directo durante 24h a lenha ,contudo o louceiro por vezes usava a da soenga que origina o barro preto, era apenas uma cova no chão cheia de louça e lenha que era coberta por caruma e terra e aquilo ardia uns dias até se apagar e a louça saía preta lembro me que era louça não vidrada acho que ainda existem duas peças pretas em casa de meus pais uma cafeteira e um bule.<br /><br />Quanto ao buraquinho do asado falei com um amigo meu já com 90 e poucos e disse-me que deve ser o meio de aferir determinada quantidade de liquido um almude provavelmente . <br /><br />Um abraço<br /><br />Jose BioucasAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-87256771051532933872015-11-30T11:16:24.280+00:002015-11-30T11:16:24.280+00:00Humberto
Obrigado pelo teu comentário.
Como escr...Humberto<br /><br />Obrigado pelo teu comentário.<br /><br />Como escrevi no blog, eu vivi a minha infância num mundo onde estes objectos já não eram usados. Nessa infância, quando ia ao Norte, se por acaso me deparava com estes utensílios em barro não reparava neles.<br /><br />Que ele me parece um objecto para conter, não me parece que haja dúvidas. No Alentejo, nas feiras de velharias, encontram-se muitas talhas antigas à venda e normalmente são de maiores dimensões e não apresentam asas. Mas, como nos sabemos, os nomes que davam aos objectos variavam muito de província para província. Recordo-me de muitas vezes os meus pais terem discussões acesas sobre as designações diferentes que se davam aos mesmos utensílios em Vinhais e em Outeiro Seco e as duas terras distam uma da outra cerca de 70 km, mas com montanhas que nunca mais acabam pelo meio.<br /><br />Talvez se perguntares às pessoas mais velhas de Outeiro Seco, elas ainda saibam como se designava no passado este asado e para o que servia exactamente.<br /><br />Um grande abraçoLuisYhttps://www.blogger.com/profile/12737099779813228389noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4262757750526165887.post-75158176284374481522015-11-30T09:33:24.943+00:002015-11-30T09:33:24.943+00:00Bom dia Luís,
O objecto que publicas hoje, fez-me ...Bom dia Luís,<br />O objecto que publicas hoje, fez-me lembrar as "talhas" de barro preto que existiam. <br />Não me recordo se tinham esse orifício lateral ou se tinham asas, mas serviam para, por exemplo, curtir os pimentos no vinagre ou para conservar o fumeiro no "pingo", gordura resultante da feitura dos rojões.<br />Um abraço,<br />BertoHumbertohttp://outeiroseco-aqi.blogs.sapo.pt/noreply@blogger.com