terça-feira, 25 de janeiro de 2022

CONVERSAS NO MUSEU: coleccionismo e redes sociais


Quando pensamos num coleccionador imaginamos alguém a inventariar selos ou moedas, numa actividade silenciosa, que partilha com um número restrito de pessoas ou ainda alguém, que colecciona pinturas valiosas e as guarda ciosamente em sua casa.

Actualmente, a internet e as redes sociais permitem aos coleccionadores, sem abrirem as portas de casa mostrarem os seus objectos, as suas investigações sobre as peças, numa experiência de troca de conhecimentos enriquecedora e aberta à comunidade.

A "Conversa" será apresentada pelo bibliotecário do MNAA Dr. Luis Montalvão.

http://velhariasdoluis.blogspot.com/


A Conversa terá lugar:
5ª feira, 27 de Janeiro, às 16h00
Auditório do MNAA

Entrada gratuita :
Número de lugares limitado a 70 (devido às restrições impostas pela DGS)
Inscrições para amigosmnaa@gmail.com

Organização:

GRUPO DOS AMIGOS DO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA


2 comentários:

  1. Os parabéns por mais esta iniciativa.
    Seguramente sabes do que falas, pois bastar-te-á apresentar a tua posição frente aos objetos que, de forma sistemática, vais acumulando e colocando em exposição no teu espaço.
    É bom sentirmo-nos rodeados por mementos do passado, ou, pelo menos, eu sinto muito prazer nisso.
    É uma forma de me sentir seguro no meu casulo, e posso observar essas memórias quando me dá a real gana, posso virá-las nas minhas mãos, tocá-las ao de leve, mudá-las de lugar, se me der na gana, o que não seria possível num qualquer espaço museológico.
    O prazer sensorial é importante, para lá do estético (visual), e faz-nos mergulhar nos nossos mundos interiores, revolvendo velhas recordações e revisitando o passado.
    Esse é o meu estado de espírito quando vou distribuindo coisas pela casa de forma mais ou menos aleatória e eclética, ou, em outros momentos, propositada, dependo do momento, da peça e da história por trás dela.
    Enquanto que num museu a peça seria colocada respeitando a cronologia, o momento da vida do artista que a criou ou o enquadramento que relaciona a peça, quer com a história, quer com as suas caraterísticas.
    Num espaço museológico as peças são colocadas respeitando caraterísticas impessoais, mais rigorosas ou científicas, nas nossas casas elas obedecem ao aspeto emocional, ao nosso gosto estético pessoal, e isto agrada-me.
    Faz-me viver o passado, entrelaçando-o com o presente e dando-me dicas para o que fazer no futuro.
    Os parabéns e uma boa conferência, que seguramente levará as pessoas a sentir a tua posição pessoal frente ao colecionismo em arte
    Manel

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    1. Manel

      Obrigado pelas tuas palavras simpáticas e de encorajamento. Embora tenha à vontade para falar em público, tenho pouca prática no power point e por vezes penso que o que tenho para dizer é demasiado pessoal para interessar aos outros.

      Coleccionar de tudo um pouco e expôr os objectos é qualquer coisa de muito pessoal, mas que nos proporciona um enorme prazer pessoal, embora também angústias, pois já não sabemos onde colocar as coisas, achamos que estamos a tornarmo-nos acumuladores e a precisar de ajuda psicológica urgente. Quando tenho que limpar a minha casa, sinto que a aquela tralha toda está ingovernável. Nessas alturas desfaço-me de objectos, ofereço-os à família. No entanto, tudo isto fez-me evoluir como pessoa, passei a estudar o que compro, a ler, estar actualizado em termos bibliográficos e até já publiquei uma coisa ou outra.

      Um abraço

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