Este prato com decoração estampilhada foi das poucas peças de faiança, que consegui identificar com alguma facilidade, embora não esteja marcado. Para não variar, comprei-o na Feira-da-Ladra e consegui apurar o nome do fabricante, meramente por acaso, quando folheava o livrinho Faiança de Alcobaça de 1875 a 1950. – S. l: Jorge M. Rodrigues Ferreira, 1997, de Jorge Pereira de Sampaio. De facto, lá na página 15 da referida obra está uma fotografia de um prato semelhante ao meu, marcado, só que em tons de rosa. Este prato terá saído então da oficina de José Reis, um Senhor que veio de Coimbra, se instalou junto à Ponte D. Elias e que fundou a primeira fábrica de faiança em Alcobaça. Esteve activo entre 1875 e 1897 e segundo a mesma obra a sua produção seguia de perto os modelos de Coimbra.
Enfim, mais uma vez o mesmo problema de sempre da faiança portuguesa. Os produtores copiavam-se uns aos outros e a identificação é sempre arriscada
Enfim, mais uma vez o mesmo problema de sempre da faiança portuguesa. Os produtores copiavam-se uns aos outros e a identificação é sempre arriscada
Não acredito que o tenha comprado neste último sábado,é que não fui!
ResponderEliminarLindo. A sua sorte é estranha em encontrar peças de rara beleza e qualidade.Gostei de saber a origem da faiança e da história associada. Nota-se que além de ser um apreciador é um excelente investigador, sintético e muito claro nas suas apreciações. Quem me dera ter um assim igual e em excelente estado de conservação.
É interessante verificar as interpenetrações das várias influências na cerâmica produzida nas Caldas, a qual, por graça de gostos duvidosos, associamos sempre a coisas diferentes desta.
ResponderEliminarMas a cerâmica desta região também, e felizmente, produziu peças de grande beleza e qualidade artística.
Manel
Ola
ResponderEliminarrecomendo ua visita a Alcobaça... existe uma loja mesmo ao lado mosteiro onde podera verdadeiros tesouros... loiça local, massarelos, alcantara, ratinhos... Um abraço e feliz Natal
Cara Maria Isa
ResponderEliminarJá comprei este prato há cerca de um ou dois anos. Vou tantas vezes à Feira-da-ladra, que no meio de tantas compras, lá arranjo peças interessantes e a bom preço. Só não compro mais porque a minha casa é pequena e deve ser a pequenez do meu apartamento a razão principal da minha selectividade. Comecei este blog com o objectivo de me obrigar a fazer pesquisas e a sistematizar os seus resultados
Apareça sempre, cara Maria Isa
Caro Anónimo
ResponderEliminarTenho ideia dessa loja em Alcobaça. Ficava naquele larguinho ao pé do Café Trindade?
Durante muito anos fui muitas vezes a Alcobaça, pois a minha ex-mulher tinha lá uma casa e havia na região algumas casas de velharias muito interessantes. Na época não tinha era este gosto do coleccionismo e não aproveitei as oportunidades da região.Enfim, a sloidão estimula o coleccionismo...lol
Que prato belíssimo! Muito bonito o tema!
ResponderEliminarÉ uma pena que por aqui a faiança portuguesa como esta sera coisa rara, quase inexistente, restrita aos antiquários luxuosos e colecionadores abastados. E para mim restam apenas as fotos em livros e internet.
abs
Fábio