Há muito tempo comprei este friso de azulejos com um motivo de botão de flor, que aproveitei para mandar colocar ao longo da janela. Descobri-o na Feira-da-Ladra e não foi muito caro. Normalmente quando se compram azulejos em quantidade, os vendedores fazem sempre uma significativa atenção.
Sempre gostei deles, mas nunca procurei muito saber sobre este motivo, até que, há umas duas semanas, quando me andei a informar sobre a louça de Estremoz, descobri no catálogo Cerâmica neoclássica em Portugal. - Lisboa: IPM, 1997 um painel com uma cercadura exactamente igual, que só difere nas cores. Os meus são azuis e a cercadura da exposição é em amarelo e verde. O referido painel está datado de cerca de 1800.
Em cima do painel está um dos meus muitos crucifixos e no chão umas das minhas opulentas e sensuais Vénus pré-históricas, que provavelmente serão falsificações. As três coisas não tem nada a ver umas com as outras, mas por qualquer motivo desconhecido harmonizaram-se bem.
Achei muito original a forma de colocar este friso de azulejos em sua casa. Eu talvez os tivesse colocado por cima da porta a formar sanefa, mas o Luís já lá deve ter outras coisas, azulejos ou não, a avaliar pelo q tem mostrado da decoração das suas paredes.
ResponderEliminarInvejo-lhe a proximidade a q está da Feira da Ladra e a possibilidade q tem de comprar azulejos antigos na quantidade desejada a preços razoáveis e também de ir comprando conforme as necessidades ou o gosto.
Ainda da última x q fui lá à Feira, encontrei uns belos azulejos neoclássicos, em policromia, q podem formar friso ou padrão,e comprei quatro, mas ao chegar a casa verifiquei q formavam um padrão muito bonito mas deviam ser seis. Havia mais na altura, mas agora quando lá voltar se calhar já não encontro.
Enfim, desventuras de quem vive a 200 km da encantadora e velhinha Lisboa...
Tenha uma bom dia!
O friso é muito bonito, mas o motivo do centro do painel que mostras é ainda mais interessante!.
ResponderEliminarQuanto aos teus azulejos, como sabes, ao andar pela tua casa é sempre um prazer dar de caras com o inusitado que é ver estes apontamentos de cor e padrão; e a forma de encastrar os azulejos na parede, para além de estar de acordo com o fim para que eles foram criados, torna-os mais autênticos e belos.
Se estivessem emoldurados, como, infelizmente, vai sendo hábito ou, ainda pior, a formar um tampo de mesa, então seria o desvirtuar do próprio material e o ignorar da capacidade plástica/decorativa como revestimento arquitectural.
Percebo o receio que as pessoas têm de encastrar os azulejos numa parede (e têm razão, se usarem cimento!), mas hoje há tantos materiais e formas de os pôr na parede, os quais permitem tirá-los do suporte de uma forma menos agressiva, que não há mesmo necessidade de recorrer a soluções tão tristes como as que se vêem por aí.
Manel
eu juro que, se tiver a oportunidade de voltar à Lisboa, vou me convidar com a maior cara-de-pau a conhecer sua casa/museu! olhe só a ousadia!
ResponderEliminare comigo vais à Ladra, onde estive e minha mulher não me deixou comprar um painel de 16 ajulejos. E a bendita trouxe uma panela da Italia!!!
Luís
ResponderEliminarO friso é um encanto!
Gosto do crucifixo colocado no topo, em jeito de remate.Parece até, que o friso funciona como coluna.
Gostei de rever a sua Vénus. Fica muito bem onde está.
Abraços
Maria Paula
Caro Bernardo
ResponderEliminarFui pena não ter comprado os azulejos. São sempre espantosos.
A minha casa não é um museu. É uma coisa muito pequena, cheia até aos tectos, mas que talvez tenha o encanto de uma espécie de caverna do Ali Babá à escala 1/43
Boa tarde Luis. Sou um apaixonado por velharias e um pequeno coleccionador e sempre que posso lá estou eu na feira da ladra à procura de alguma raridade barata... Em relação à pergunta que me fez sobre os espargos, eu diria que sim, mas terá de ter algum cuidado pois a espargueira precisa de espaço e quando adulta, os ramos têm muitos picos semelhantes a agulhas. Esta planta é muito rústica e como tal não é muito exigente, sobrevive apenas com a água da chuva e em terra muito pobre. Parabéns pelo seu blog e obrigado pela sua visita.
ResponderEliminarCaro Zé Júlio
ResponderEliminarEu é que agradeço a sua visita ao blog e as informações prestadas.
Além de antiguidades, gosto da natureza, de plantas e jardinagem. Por isso, aproveito para o felicitar pelo seu blog, que explora uma área muito interessante, que é fazer jardins usando as plantas da região.
Normalmente os manuais de jardinagem traduzidos do francês ou inglês só contemplam jardins concebidos para o Norte da Europa e o seu blog dá conselhos para o que plantar no Sul.
Abraços
Cara Maria Andrade, Maria Paula e Manel
ResponderEliminarSó agora agradeço os vossos comentários.
Também pensei completar o friso ao longo da janela, mas a minha casa, como todas as casas antigas é muito irregular e o espaço ao longo da janela vai estreitando, tornando impossível fazer a volta completa com um revestimento azulejar.
Em todo o caso, como o Manel escreveu, creio que consegui respeitar a funcão decorativa original dos azulejos.
Abraços
Boa tarde, tenho uns azulejos antigos que gostaria de saber se posso enviar foto para me indicar a origem dos mesmos.
ResponderEliminarcristinacfpombal@gmail.com