Há pouco tempo, o António, um dos seguidores deste blog, enviou-me um simpático e-mail com uma fotografia duma peça de cantão popular, colocando a hipótese de se tratar de um fabrico da Lusitânia da unidade de Lisboa ou Coimbra.
Fiquei com a pulga atrás da orelha, pois não conhecia o facto de a Lusitânia ter uma unidade em Coimbra. Na Internet, tinha encontrado escasas informações sobre a Lusitânia. No entanto, descobri um livrinho da editora Apenas, a Fábrica de Cerâmica Lusitânia, de Isabel Cameira que tratei de comprar e fiquei muito satisfeito com a sua leitura, pois traça em linhas gerais a história desta casa.
A Fábrica foi fundada por um Senhor Francês Sylvan Bessière em 1890, perto do Matadouro em Picoas, dedicando-se ao fabrico de telha Marselha, tijolos, talhas para água, manilhas e vasos. Portanto, sobretudo materiais de construção. Por volta de 1900, transferiu as instalações para o Campo Pequeno, ao lado do Palácio das Galveias, pelas seguintes razões: os terrenos eram ricos em barro, a propriedade confinava com a zona das chamadas avenidas novas, que estava em plena expansão urbana e sobretudo, segundo uma tradição oral, o Sr. Sylvan Bessière teve uma encomenda monumental de tijolos para a construção da praça de touros do Campo Pequeno.
Gradualmente a fábrica Lusitânia foi crescendo em tamanho e sempre concentrada na produção de telhas e tijolos.
Em 1919, o Senhor Sylvan Bessière morre, a fábrica perde o carácter familiar e transforma-se na Companhia da Fábrica de Cerâmica Lusitânia. Em 1927 fazem-se grandes obras na fábrica e começa-se a erguer o bonito edifício que vemos na primeira imagem, segundo projecto do Eng. Luís Ernesto Roqueira. Neste prédio, que eu ainda me lembro de ver em pé, passarão a funcionar a partir de 1929 os balcões de vendas, os escritórios da direcção, a contabilidade, salas de exposição de azulejos e finalmente na mansarda, o laboratório de química e engenharia, os ateliers de pintura industrial e pintura artística. O célebre artista cerâmico Jorge Colaço desenvolverá neste último piso o seu trabalho.
A crise de 1929 não atrapalhou nada as finanças da empresa, bem pelo contrário, entrou numa fase de enorme expansão e comprou fábricas falidas por todo o país. Adquiriram a fábrica da estação velha em Coimbra, na qual investiram muito dinheiro, a célebre fábrica de Massarelos no Porto (em 1936, segundo o Itinerário de Faiança do Porto e de Gaia) ainda pólos fabris em Setúbal, Montijo e Vila Franca de Xira.
A ideia que fiquei da leitura das páginas deste livro foi que a Fábrica da Lusitânia de Lisboa sempre se dedicou mais aos produtos para construção civil e azulejaria. Talvez se tenha dedicado mais à produção de louça doméstica quando comprou a fábrica da estação velha em Coimbra, cidade onde já haveria há muito tradição de fabricar o cantão popular. Talvez, nessa altura, os patrões da Lusitânia tivessem dado ordem para retomar o fabrico de um motivo decorativo, o cantão popular, que há se fazia em Coimbra. (No Itinerário da faiança portuguesa do Museu Nacional Soares dos Reis, p. 160 designam também o cantão popular por Cantão de Coimbra.)
Molheira Lusitânia do Manel
Claro, não tenho provas do que afirmo. Sei que a molheira marcada Lusitânia do meu amigo Manel é possivelmente posterior a 1929, mas já tenho dúvidas acerca da bonita travessinha do António ser Lusitãnia. Mais, tenho uma terrina, uma travessa e um prato de cantão popular, sem marcas, que são nitidamente de meados do século XIX, muito anos antes da Lusitânia existir. Houve certamente mais fábricas pelo país fora e mais antigas a fazer este motivo.
Terrina e travessa de cantão popular da segunda metade do XIX
Aproveitando os comentários oportunos dos seguidores , acrescento uma das marcas que a Lusitânia passou a usar em Coimbra a LUFAPO, bem como a marca usada por Massarelos, depois de comprada pelos novos patrões de Lisboa
sempre uma delícia acompanhar tuas postagens!
ResponderEliminarabraços
Fábio
Olha que bonitas ficaram aqui a tua terrina e travessa!!! Peças de encanto que continuam a maravilhar-nos tanto tempo após serem produzidas ... a tradição, quando genuína, é intemporal! E, naturalmente, sem qualquer marca identificativa da proveniência!
ResponderEliminarE, finalmente, a foto que apresentas da fachada da Fábrica Lusitânia fez-me regressar ao tempo, de pequena duração, em que a vi, já numa ruína, que foi naquilo afinal no que a deixaram transformar-se, e que depois substituiram por aquele mamarracho monumental, aquele elefante branco, que agora lá se vê.
Os caminhos do progresso dir-me-ão as pessoas ... a destruição com fins comerciais direi eu. Transformo-me no Velho do Restelo ...
Deixo esta polémica sem solução à vista!
Sempre fiquei muito admirado quando vi no mercado estas peças do dito "cantão popular" produzidas e marcadas (as únicas, dou-me conta!) pela Lusitânia, e, intuitivamente sempre me pareceu quase contranatura.
Desde que conheço o padrão associei-o, de uma forma intuitiva, reconheço, a uma produção ligada predominantemente a regiões mais a Norte de Lisboa, mas como não tinha/tenho qualquer base científica para me escorar (pouco está escrito sobre o assunto), limitei-me ao silêncio da minha ignorância e às convicções infundadas.
E, mesmo contra o silêncio de quem sabe, mas que nada diz/escreve (ponho mesmo a hipótese de não haver conhecedores peritos nestas questões da identificação correcta e sem lugar a dúvidas, só encontro uns curiosos que aventam hipóteses as quais, na maioria das vezes, me parecem completamente disparatadas), continuo a pensar que talvez seja possível que a produção destas peças esteja mais associada aos pólos de Coimbra e Porto da Lusitânia. Quiçá ...
Lá pela casa da aldeia há mais peças marcadas Lusitânia, mas a marca é distinta desta apresentada, dispõe-se, creio, segundo uma forma triangular.
Manel
Respondendo ao Luís e Manel
ResponderEliminarAtendendo à relativa proximidade das nossas aldeias,minha e do Manel, corroboro tudo o que disse sobre as marcas distintas da Lusitânia.
Também me lembro do cantão popular muito idêntico à peça inicial apresentada, mas nenhuma das que possuo e são 14 peças sendo todas iguais e ao mesmo tempo todas diferentes, quer nas alterações do desenho e tonalidade de azul.
Possuo uma pequena jarra pintada com flores só em tons de azul com a marca igual à molheira do Manel.
Por volta dos anos 4o em Coimbra a fábrica altera a marca inscrita em azul "Lusitânia" para a forma de carimbo em triângulo, a preto com o nome de LUFAPO e um "L" ao centro.
Julgo que a fábrica encerra com esta designação.
Tenho malgas e pratos.
Isabel
Para além de peças com o carimbo Lufapo Lusitânia Portugal, em triângulo, conhecem-se várias outras peças decorativas, provavelmente das décadas de 1930 e 1940, que ostentam o carimbo Lusitânia Coimbra Portugal, em formato de vesica.
ResponderEliminarDepois de adquirida pela Lusitânia, a fábrica de Massarelos manteve a designação mas passou a ostentar no seu carimbo a Cruz de Cristo, que surgia no carimbo de Lisboa da empresa-mãe.
MAFLS
Manel, Isabel, MAFLS e Fábio
ResponderEliminarOs vossos comentários foram muito oportunos e aproveitei-os para fazer alterações ao post, de modo a torna-lo mais informativo, para quem anda a fazer pesquisas no google sobre faiança portuguesa, pois como todos sabemos, nunca se consegue encontrar nada de jeito na internet nesta área.
abraços a todos
Bom dia
ResponderEliminarHá uma fábrica de telhas de marselha e tijolos em ruínas, na Moita, que ostenta na sua fachada o nome da companhia de cerâmica lusitânia. Será que faz parte deste império? Não tenho informação nenhuma, mas despertou-me a minha curiosidade.
Caro Chapa.
ResponderEliminarDeicxe-me consultar um livrinho em casa que eu tenho sobre a Fábrica Lusitânia, para procurar alguma referência a essa fábrica na Moita. Se tiver alguma fotografia engraçada sobre a dita fábrica que queira partilhar connosco, até lhe agradeço que me a envie para montalvao.luis@gmail.com
Em todo o caso irei procurar referências a essa unidade na Moita
Abraço
Caro Chapa
ResponderEliminarVoltei a verificar o livro a "Fábrica de Cerâmica Lusitânia", de Isabel Cameira e só refere a unidade do Montijo.
Abraço
Boa tarde nesse livro que referiu, a alguma coisa que refere a de Coimbra?
Eliminar... boas,
ResponderEliminarTenho interesse e gosto pelos Caminhos-de-ferro e pelas pontas soltas que deixa. Neste caso os paineis de azulejos que se podem encontrar em algumas estações da nossa rede ferroviária. Procuro ajuda para ir ao encontro de um depoimento onde se faça a ligação entre os Caminhos-de-ferro e os azulejos para publicar na webrails.tv . Será que me pode ajudar?
Cumprimentos,
Rui Ribeiro
Caro Rui Ribeiro
ResponderEliminarO Rui coloca-me numa posição difícil. Tenho alguns conhecimentos de faiança e azulejaria, mas você pede-me uma tese de doutoramento sobre um tema que tem panos para mangas. De norte a Sul do País é rara a estação de caminhos-de-ferro que não tem painéis de azulejos. Claro, há estações famosas pelos seus azulejos, como a de S. Bento no Porto, cujo desenho foi de Jorge Colaço, que trabalhou para a Lusitânia.
A construção das estações de comboios é paralela à grande moda de revestimentos das fachadas dos prédios com azulejos, que se verificou pelo século XIX fora, até cerca dos anos 20 do século XX, suportada pelas grandes fábricas de cerâmica, como Sacavém, Viúva Lamego, Massarelos, Devesas, Caldas e Lusitânia. E julgo que serão essas unidades fabris a fornecer os Caminhos-de-ferro Portugueses para a decoração das estações. Creio que terá que começar por aí essa investigação, que promete ser longa
Desculpe não o ajudar mais
Já agora espreite esse link http://www.ocomboio.net/PDF/mgf-arquitectura2.pdf
Abraço Luís
Veja tb este link
ResponderEliminarhttp://dited.bn.pt/29275/308/473.pdf
Boas Luís,
ResponderEliminarEspero que não se importe de o tratar assim.
Obrigado pelas referências que conto consultar. Queria fazer uma peça para mostrar algumas das imagens que tenho vindo a recolher de Azulejos, mas não queria mostrar só as imagens. Porque para além da beleza que encerram motivada pelas imagens, cores e formas; existe um pouco mais do que isso e que é quase tão interessante como os paineis. Que é a época com as suas características, o artista que realiza, o a fabrica.
Eu não tenho a ambição de fazer a história património azulejar cruzado com o dos Caminhos-de-ferro ( talvez um dia quando souber alguma coisa e tiver quem saiba ao pé ), mas quero fazer uma peça para a www.webrails.tv onde mostre algum do património e lhe dê profundidade com algo mais do que a contemplação. Por outro lado contribuir de forma efectiva na divulgação do tema dos azulejos no contexto dos C.F., e com isso despertar o interesse.
Cumprimentos,
Rui Ribeiro
Caro Rui
ResponderEliminarHá uns tempos lembro-me de ver nos escaparates um belo livro sobre azulejos nas estações de caminho-de-ferro, desses albuns de arte que nunca ninguém tem dinheiro para comprar. Fiz uma pesquisa na net e descobri-lhe as referências:
CALADO, Rafael Salinas
Aspectos azulejares na arquitectura ferroviária portuguesa. - Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, 2001. - ISBN 972-97046-5-1
Experimente consulta-lo na Biblioteca de Arte da Gulbenkian, Biblioteca Nacional ou mesmo compra-lo, mas n vá à FNAC, que está uma porcaria e só vendem livros editados há 3 meses atrás. Experimente a Livraria Portugal na Rua do Carmo ou uma dessas casas mais tradicionais, como a Bulhosa no C. C das Amoreiras
Lamento não o poder ajudar mais, mas é uma área que nunca aprofundei.
Abraços
Boas Luís,
ResponderEliminarMuito obrigado pelas linhas e pistas que me tem dado. O seu interesse e pistas já são uma boa motivação para tentar não deixar cair esta peça. Espero dentro em breve poder partilhar alguma coisa sobre o tema :)
Já me cruzei com o livro que faz referência. Na biblioteca do Museu Nacional do Azulejo e numa livraria, no museu deu para ver que é uma incontornável referência ao tema. Na livraria ... é muito caro €75.00 :0 Assim, tenciono ir ao encontro do mesmo mais vezes.
Cumprimentos,
Rui Ribeiro
Caro Rui
ResponderEliminarBoa sorte para o trabalho e fico contente por lhe ter sido útil. Vá dando notícias e contributos.
Abraço
Olá a todos,
ResponderEliminarAo blogar a LUFAPO/LUSITANIA, por ter comprado hoje três pratos em faiança com motivos de automóveis antigos, deparei-me com este forum espectacular.
Parabéns au autor, se quiserem ver os meu pratos é só enviar e-mail, que eu envio imagens.
Abraço amizade
Carlos Caria
cncaria2@gmail.com
Boa tarde Luis
ResponderEliminarPeço desculpa por a minha abordagem ser tão familiar mas apercebi-me no seu blog que gosta de esclarecer e ajudar. Moro numa pequena aldeia - Sobreiro- Mafra, onde existe muita tradição em ceramica especialmente em peças de barro ou não fosse a terra do falecido artista José Franco. Mas parece que nem toda a população é sensível e admiradora das artes ceramicas, porque ontem quando passeava a pé, ao passar perto dum caixote de lixo, ví um monte de pratos antigos encostados ao contentor. Não vacilei e apanhei os pratos porque sou admiradora e colecionadora de peças antigas,desde moveis até pequenas peças decorativas, confesso que já muitas vezes apanhei coisas antigas muito interessantes junto aos contentores. Quando cheguei a casa, verifico ao lavar todos os pratos, um já com "gatos", (arames para segurar as peças rachadas), outros com um simbolo em relevo tipo "monograma" e que um deles tinha um simbolo curioso diferente dos outros. Tive alguma dificuldade em o decifrar e só com a ajuda duma lupa e da minha filha de 14 anos o consegui.É o segundo simbolo do seu blog, o que tem uma coroa e ramos, com uma cruz ao centro e com as letras C F C L - MASSARELOS- LUSITANIA PORTUGAL. Suscitou-me muita curiosidade e tentei percebe-lo. O desenho do prato tem motivos com flores muito simples mas muito bonitas. Fiz algumas consultas na net e vim parar ao seu blog. Desconhecia a existencia dessa fábrica de ceramica e com tanta história. Por curiosidade gostaria de saber se esta peça terá algum valor!!!
cumprimentos
Francisca Varela
Mafra
Cara Francisca
ResponderEliminarOs contentores e caixotes de lixo são tesouros inesgotáveis. Toda a gente destesta coisas antigas e mal morre algum parente idoso, os descendentes deitam tudo para o Lixo.
Os pratos da Lusitânia não tem grande valor comercial ainda, mas a tendência é para valorização de toda a faiança.
Guarde os seus pratos e estime-os
Um abraço e volte sempre a este blog
caros
ResponderEliminartenho uma taça antiga lusitania ceramica artistica sera que do mesmo grupo?
rosa
Caro LuisY o que vc pode me informar sobre um Painel de Azulejos assinado com um A e por dentro do A tem um C. e depois vem escrito Cia Lusitánia -Lisboa.
ResponderEliminaras figuras principais estão quase perfeita.
QUE TEM UNS FIDALGOS ,SANTO ANTONIO ABENÇOANDO O MAR.
Um abraço,
Augusto caldeira
Caro Augusto Caldeira
ResponderEliminarDesculpe só agora responder ao seu comentário.
Essas iniciais poderão ser de António Costa, um dos artistas que trabalhou na Lusitânia, mas talvez se me mandasse uma imagem do referido painel para o meu e-mail, que está no perfil, a identificação se tornasse mais fácil.
Um abraço
Tenho ja ha muito tempo um prato de sobremesa, que eu gosto mas nao uso por ser unico. Foi-me oferecido por uma irma ja falecida , junto com muitas pecas mais. Ela e eu gostavamos de antiguidades. Esta prato tem uma pintura em tinta iridiscente que me fazia lembrar borboletas. HA DIAS VI QUE ERE OUTRO DDESENHO. Vi o carimbo e como nao conhecia esta fabrica pesquisei e encontrei este blog.
ResponderEliminarTenho uma travessa que segundo um logista, era da Fabrica do Rato e pela qual dava um servico de jantar de Vista Alegre. E uma chavena de cafe da Vista Alegre, essa sim muito antiga , com um V gravado e nao carimbado e pela qual o senhor me oferecia um servico da Viata alegre. Tenho uma queijeira, com a base em louca com uns amores e aro meta. A campanula e em cristal. Tem uma data e uns numeros gravados.
Tenho muitas mais pecas, jarras, frascos licoreiros. etc.
O valor sentimental e grande. Nunca tinha pennsado nestas pecas como um PATRIMONIO. ALGUMAS DELAS ACOMPANHAM A MINHA FAMILIA HA MAIS DE 100 ANOS. mAS GOSTAVA DE AVALIAR ISSO TUDO, POIS TAMBEM TENHO LINHOS E BORDADOS ANTIGOS.
Pode-me informar uma casa seria e honesta , no norte, onde me possa informar?
Obrigada
Cara Anónima
ResponderEliminarLamento não poder ajuda-la, pois não sou negociante em antiguidades. Sou mero amador. Além disso, moro em Lisboa e não conheço nada aí no Norte.
Experimente contactar um ou dois antiquário perto da sua área de residência.
Um abraço
Sylvan Bessiere era tio-avô de minha avó Therese Marie. Sua esposa chama-se Marie Therese. Viviam num palacete de 42 divisoes no Campo Grande onde minha māe nasceu.
ResponderEliminarSylvan era uma pessoa extremamente solidária com os pobres e contribuiu para várias instituiçoes entre elas as Andorinhas que davam apoio a crianças abandonadas.
Infelizmente deu os tijolos para o Campo Pequeno e nós descendentes odiamos touradas.
Ele faleceu vitima de cancro depois de muito sofrimento.
A sua memória e muitas peças e azulejos da Lusitania estāo na nossa posse.
Sou anónima. Nāo quero revelar o nosso nome.
Agradeço-lhe manter o bom nome da Lusitania e a memória meu tio-trisavô Sylvan.
Desculpe o meu mau portugues!
M
Cara M.
EliminarNão tem que se desculpar pelo seu português. Percebi perfeitamente o conteúdo do seu comentário, que me tocou bastante. Acontece muito neste blogue ter comentários de netos, bisnetos ou trisnetos de figuras que aqui menciono e fico contente por prestar homenagem a essas pessoas, tão importantes na época e que hoje estão esquecidas. A fábrica da Lusitânia empregou centenas de pessoas, produziu azulejaria que hoje se estuda na história da arte e marcou de forma definitiva a industrialização do País. Também não aprecio as touradas, mas o edifício do Campo Pequeno é um monumento incontornável de Lisboa e o nome do seu avô e da Fábrica da Lusitânia estão ligados a ele para sempre.
Um abraço e mais uma vez obrigado pelo seu comentário tão sentido
Boa noite "Anónimo" seria possível entrar em contacto comigo, para o meu email [claudia.emanuel@gmail.com]? Estou a fazer a minha tese de doutoramento sobre o pintor Jorge Colaço, que trabalhou e muito dignificou a Fábrica Lusitânia. Se me pudesse ajudar a esclarecer algumas dúvidas e datas ficar-lhe-ia agradecida. Atenciosamente. Cláudia Emanuel.
Eliminargostava de saber o ano de fabrico de uma tigela creme? com flores (4) verdes com o carimbo de cerâmica Massarelos Lusitânia obrigado
ResponderEliminarAntónio
EliminarSerá certamente uma peça fabricada depois de 1936.
Um abraço
SERÁ QUE ALGUM DOS AMIGOS ME PODE ESCLARECER SE O SR. jÚLIO MARTINS, CONHECIDO POR "POMBINHO", É O MINISTRO DA REPÚBLICA DOS ANOS DE 1920? COMO É QUE ELE APARECE LIGADO A PEDRÓGÃO GRANDE? FOI POR CASAMENTO?... agradeço O ESCLARECIOMENTO POSSÍVEL OBRIGADO
ResponderEliminarCaro Aires Henriques
EliminarDesculpe só agora lhe responder, mas confesso que não percebo bem a ligação entre Júlio Martins e a Lusitânia. Talvez numa enciclopédia consiga encontrar essa informação. Um abraço
Olá Luís, descobri o seu blogue por acaso, ao tentar identificar a origem de uma terrina que herdei há mais de 30 anos, mas que nunca encontrei nenhuma igual ...
ResponderEliminarSerá que lhe posso enviar algumas fotos de peças de louça, para me ajudar a identificar a sua origem ?
Grata
Elsa
acabo de comprar 250 azulejos de motivo geometrico pintados á mão 250, só os vou ver na segunda quinzena. obrigado pelo post, para mim que sou leigo e estou a aprender, uma brutal mais valia este post.
ResponderEliminarCaro Desconhecido
EliminarMuito obrigado pelo seu agradecimento e um grande abraço
Boa noite
ResponderEliminarTenho uma CHÁVENA de café muito rara, Estrela da Beira, (Sem pires) com selo Lusitânia Coimbra, em perfeito estado. Quem estiver interessado em comprar, contacto zeavelar@hotmail.com . Cumprimentos
Possuo algumas peças Lusitânia, gostaria de saber sobre a época de fabricação e se possuem valor.
ResponderEliminarÉ um dos assuntos que me interessa muito porque gosto de conhecer e saber tudo que esteja relacionado com as épocas anteriores dos quais a história, cultura, arquitetura e etc
ResponderEliminarMuito obrigada por esse magnífico trabalho.
Cara Maria do Mar. Muito obrigado pelo seu comentário. É sempre bom encontrar pessoas do outro lado do monitor que partilham o interesse pela história e pela arte.
EliminarUm abraço