Embora eu seja um homem com mãe e pai transmontanos e sinta sempre uma nostalgia daqueles horizontes montanhosos, tenho que reconhecer que é no Alentejo e nos Açores que o património arquitectónico tradicional está mais bem conservado. Não só as cidades mantêm os centros históricos cuidados, como também as próprias aldeias preservam melhor o casario antigo. As pessoas parecem estar mais atentas em conservar pequenos pormenores das casas, que emprestam uma graça especial à arquitectura.
Andei pelo Alentejo há cerca de 15 dias e descobri dois pormenores encantadores, que resolvi partilhar com os seguidores deste blog, bem como os outros, que me lêem, mas não tem pachorra para comentar.
Numa ruela antiga do centro de Arraiolos, encontrei esta porta com um puxador muito curioso, em forma de um bicho, talvez um cão ou um gato. Normalmente, os cães estão mais associados à função de guarda das casas e é natural que seja esse o bicho aqui representado.
No entanto há sempre quem prefira os gatos aos cães e há gente excêntrica, que gosta de emprestar um toque pessoal a tudo aquilo que está sua volta e poderá ter escolhido um felino para batente da porta.
Pessoalmente também escolheria um gato, mas independentemente do que for, a maçaneta é realmente muito bonita.
Ao lado de Arraiolos, numa aldeiazinha simpática reparei noutro pormenor curioso. No alto de uma chaminé estavam dois cães de barro a guardar uma casa. Nunca tinha visto uma coisa assim, mas tem muita graça.