segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mais algumas informações sobre a Mina do solar dos Montalvões em Outeiro Seco


Os blogs são de facto comunidades muito interessantes que permitem trocar ideias e conhecer pessoas, que de outra forma nunca cruzariam os nossos caminhos. O tema do Solar dos Montalvões de Outeiro Seco, que numa perspectiva que pode até ser válida, só interessaria a mim e aos meus familiares mais próximos, para alimentarmos a vaidade de descendermos da velha fidalguia transmontana, tem afinal despertado atenção nos seguidores deste blog, bem como nas pessoas de Outeiro seco, que tem respondido de uma forma positiva, nomeadamente, o Altino Rio e o Humberto Ferreira.

Este último, enviou-me muitas fotografias e um grande texto explicativo, que ainda estou a trabalhar e a estudar, pois como não me criei em Outeiro Seco, tenho sempre que fazer muitas perguntas, antes de perceber tudo o que se passa.

Segundo o Humberto Ferreira, antes de se chegar a Mina de pedra bem talhada, que descrevi no post de 1 de abril, http://velhariasdoluis.blogspot.com/2010/04/mina-do-solar-dos-montalvoes-outeiro.html, existiam mais duas minas entre esta e o Pinhal (a nascente), e que faziam obviamente parte do mesmo sistema.



A primeira Mina (imagem cedida por Humberto Ferreira)


Existia uma primeira, mais a norte, que na época, era também muito bonita, que segundo as palavras do Humberto Ferreira: Tinha uns degraus em granito, ao chegar ao fundo podíamos ver uma plataforma e um arco perfeito também em pedra muito picada (lisinha) e olhando para o interior via-se que havia também "lages" em pedra no chão dos lados e o túnel continuava todo em pedra com a mesma perfeição que tinha à entrada. Outra coisa que nunca esquecerei é que a água era, como dizem por estes lados, clarinha como um cristal.

O estado dessa Mina é o que vemos hoje na fotografia. Lamentável.

O Túnel continuava para baixo e antes de chegar à mina mais bonita, tinha também outra saída, que segundo o pai do Humberto, também tinha as pedras bem talhadas. Ainda se podem ver algumas lajes desta minna, nesta fotografia cedida por Humberto Ferreira


Finalmente a água chegava então à Mina principal descrita no post http://velhariasdoluis.blogspot.com/2010/04/mina-do-solar-dos-montalvoes-outeiro.html

Acerca destas minas corriam lendas e histórias entre a população de Outeiro seco. Numa das histórias, uns rapazes entraram na mina e encontraram uma arca com vários tesouros. Também se dizia que existia uma passagem secreta para o Solar dos Montalvões. Não sabemos se é verdade, mas é certo que houve muita prata e ouro, que as pessoas mais abastadas esconderam durante as invasões francesas, sobretudo durante a Segunda Invasão, que entrou em Portugal por Chaves (o meu pai lembra-se de ouvir falar a sua avó, que sua trisavó tinha enterrado a prataria). A tal passagem secreta para o Solar dos Montalvões talvez seja uma confusão com o quarto secreto existente no Solar ou com os canos que saiam da rede da mina e abasteciam o pátio interior e o jardim da fachada Nascente. Em todo o caso, minas e subterrâneos combinam muito bem com lendas.

9 comentários:

  1. Olá Luís,
    É realmente uma pena que as entidades responsáveis, neste caso as sucessivas CMChaves (na qualidade de proprietária) e as sucessivas Juntas de Freguesia (na qualidade de defensora do património do povo que as elegeu), não tenham o mínimo de respeito pela história, pelas memórias, pelos monumentos e, a meu ver que, por razões meramente políticas, votem ao abandono e à ruína e de um modo geral, partes da cultura de um povo: o de Outeiro Seco e, em particular as de uma família que em muito ajudou este povo: a família Montalvão.
    O que demonstram acima de tudo é desprezo, por tudo o que o Solar representou, anunciando projectos atrás de projectos, que os anos se encarregam de adiar e abandonar no esquecimento.
    É indiferença, destruindo marcos importantes e esventrando os despojos de uma guerra entre partidos políticos, ao mesmo tempo, que recheiam o interior do solar com materiais com cheiros insuportáveis e a Mina (terreno anexo) com lixos te toda a espécie, como plásticos, borrachas, ferros, animais mortos, etc..., pondo em risco a salubridade da aldeia que assenta num declive inferior, infesta de ratos, moscas e mosquitos as habitações vizinhas e contamina as águas da aldeia através do efeito de arrastamento das águas das chuvas através dos lixos.
    Para além disso, só os serviços municipalizados e a Junta parecem desconhecer o tempo de decomposição do plástico, da borracha, do ferro, etc... no solo.
    Fosse um particular que tivesse a sua casa a ameaçar ruir sobre as casas vizinhas.
    Fosse um particular a despejar lixo de forma indiscriminada como essas entidades o fazem.
    E,... acho que todos sabemos a resposta.
    É triste, mas é verdade.
    Um abraço,
    Berto

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  2. Ainda bem que, através deste blog e consequentemente, dos vários comentadores/leitores vão surgindo novos conhecimentos e adendas que nos dão alguma luz (ainda que pouca) para recrear um edifício em vias de desaparecer e um estilo de vida já desaparecido.
    Quando visitei o dito "solar dos Montalvões", há cerca de 3 ou 4 anos atrás, reparei que alguém (nem faço ideia quem, mas os naturais talvez conseguissem identificar o(s) personagem/ens) fazia crescer num dos quartos interiores, cujo tecto ainda não tinha ruido na totalidade, não lindos gerâneos ou alguma planta de interior mais mimosa, mas sim estiolados pés de marijuana em latas velhas aproveitadas de qualquer outro produto!
    E o local mostrava indícios de fogueiras feitas no interior (à espera de fazer arder e desaparecer o restante, pouco, que sobra), de necessidades deixadas a céu aberto, infectas, mal-cheirosas, que pululam pelos poucos espaços não ocupados pelos silvados; pedras, ou ornamentais, ou que sustinham elementos estruturais, hoje desaparecidos, que ou foram desviadas para outras localizações ou se encontravam espalhadas a esmo; um patamar (embasamento) mais alto, horrendo, sem qualquer cuidado de integração, que tinha sido erigido adjacente à casa, num grande espaço interior, murado, que servia de apoio quer à cozinha quer às edificações agrícolas e de habitação de trabalhadores do solar, tinha sido construído com aproveitamentos de cantarias das antigas paredes das dependências que, seguramente com a conivência da edilidade, a qual ou deixou ou, quiçá, participou mesmo na destruição, e que talvez sirva como palanque para qualquer festarola do sítio, enfim, um sem nunca acabar de atentados a um edíficio que foi a referência de um local e que serviu de marco histórico e apoio ao dia-a-dia de uma população.
    As "fontes" (ou saídas de água, que sabia terem sido duas) que serviam o solar, e que se encontravam adjacentes ao edíficio, uma delas no interior do pátio de honra, ou foram feitas desaparecer ou, se existiam, estavam cobertas de extensos silvados, pois não as aconsegui descobrir (aliás, entrar no pátio de honra era uma aventura!). Das minas de água só encontrei entulho, tedras partidas, canalizações enterradas, uma degradação que faz dó ver, e este meu desgosto é de alguém que nem sequer faz parte da família, mas que não quer deixar de dar o seu testemunho!
    Manel

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  3. Olá, Boa Tarde,
    Em relação ao comentário do Manel gostaria de deixar mais alguns "complementos".
    Julgo que mais pessoas da aldeia deveriam participar, para trazer as suas memórias e para deixar a sua opinião, que é por certo importante, sobre o que está a acontecer agora, quer com o Solar, quer com o espaço que o rodeia.
    Quanto aos proprietários das plantas de marijuana, creio terem sido detidos e aprendidas essas e outras que detinham em outras localizações.
    As fogueiras e os dejectos que por lá foram deixados, foram de alguns adolescentes, mais ou menos identificáveis, que para mostrar a sua coragem se arriscavam a entrar no Solar, destruindo muito do que lá se encontrava e com certeza roubando algumas coisas que julgassem de valor. Dou como exemplo a Capela em que as tábuas pintadas e partes da talha douradas que caíram, não se encontram no local, alguém as levou.
    O mesmo aconteceria com outras coisas no exterior, pedras de cantaria, pedras trabalhadas, dois "tranqueiros" enormes que existiam logo após o Solar, na parte exterior para entrar no Aloque. Essas coisas não desaparecem, não se evaporam, essas coisas foram roubadas, não conheço outro termo que defina melhor o que aconteceu.
    A verdade é que a proprietária não se queixa, é mais, dá-se ao luxo de deixar fazer o que se lá faz. Tudo é feito com o seu conhecimento. O problema é que um edifício que está em ruínas está a desvalorizar-se e essa desvalorização, está literalmente a entrar no bolso dos contribuintes. Mas como eles ganham, o que sabemos que ganham, mais tudo aquilo que imaginamos, acrescido do que não fazemos a mínima ideia, pois, quando se fala em Solar dos Montalvões, eles perguntam: Solar? Que Solar? Ah, esse!
    Quanto ao patamar a que se refere o Manel, achei graça (que não tem graça nenhuma, mas enfim) ele dizer que é "...horrendo, sem qualquer cuidado de integração...".
    E eu perguntaria, Manel, das obras que a CMChaves fez no Solar e arredores, por certo assessorada por vários dos seus famosos e mais bem cotados engenheiros e arquitectos, teve qualquer cuidado de integração?
    Basta ver, que destruíram completamente as minas, quando, pelo menos eu nunca vi no nosso termo, mais nenhumas nas condições em que estavam no seu estado inicial.
    Basta ver as obras de terraplanagem que se realizam no terreno anexo a que nós chamamos Mina.
    Basta ver o esmero que tiveram na preservação das sepulturas que fazem (ou faziam parte) da Capela da Sra. da Portela, conjunto este classificado como Monumento Nacional pela ex-DGEMN e nº IPA 1703210047, uma vez que foram soterradas, sem mais, nem menos.
    Basta ver os amontoados de lixos depositados pela CMChaves, dentro e fora do Solar, de materiais que dificilmente se irão decompor.
    E é bom que se diga que em tudo isto as várias Juntas de Freguesia têm sido coniventes com esta destruição toda.
    Pois o tal patamar deve ter sido construído pela Junta de Freguesia e/ou pela casa de Cultura, evidentemente com a autorização da CMChaves, serve essencialmente de palco quando fazem lá festas, mas como nunca estive lá em nenhuma não posso ser contundente na afirmação.
    Não me estranha que parte da pedra usada fosse pedra do Solar, mas também não estava cá na altura da construção, porque trabalhava na Madeira.
    As saídas de água no Solar, o meu pai sabia onde eram, porque foi várias vezes à "geira" para o Dr. Montalvão, mas também porque em tempos, quando moço, foi vizinho do Solar e de uma das janelas tinha o privilégio de ver algumas das actividades.
    Por fim, acho importante que pessoas como o Manel deixem aqui o seu testemunho, certamente até, mais imparcial que a minha. Pena que não surjam mais.
    Um abraço,
    Berto

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  4. Olá,
    Esqueci-me de uma coisa importante.
    É uma pergunta para o Manel na qualidade de Arquitecto, porque julgo que deve estar por dentro destas matérias.
    Então seria assim:
    - O Solar e o terreno anexo são propriedade da CMChaves;
    - O Solar representa, em particular, para os habitantes de Outeiro Seco um Monumento que faz parte do seu património edificado e histórico;
    - A degradação crescente que nos últimos 20 anos se apoderou do Solar prejudicou e prejudica em larga medida os habitantes de Outeiro Seco, não só como contribuintes, mas também, lesa os interesses turísticos e comerciais que se traduziram e traduzem em importantes perdas económicas;
    - A única responsável pela degradação e pela permissão de destruição, roubo e desvalorização do Solar e pela deposição de lixos não biodegradáveis, quer no interior do Solar, quer no terreno anexo, é a CMChaves, quanto muito, com a conivência das várias Juntas de Freguesia que deveriam ter alertado as autoridades competentes para a preservação do património;
    - Posto isto, até que ponto os habitantes de Outeiro Seco podem interpor uma acção contra a CMChaves e desconhecidos, por danos e perdas gerados à população?
    - Poderia a família, estando em causa o seu bom nome e possivelmente o clausulado do contrato de compra e venda, interpor uma acção para obter a reversão do bem, e uma justa indemnização por danos e perdas, para voltar a restaurar o Solar e os seus arredores ao ponto e no estado em que foram vendidos? E no caso de a família não querer, pode a população interpor essa acção por ineficácia da Administração Local durante os últimos 20 anos?
    - Se sim, a que Entidade ligada ao património se deveria pedir apoio e aconselhamento, antes de apresentar a acção?
    Um abraço,
    Berto

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  5. Olá Luís

    No seguimento do conversa do Solar e das Minas, muito gostaria eu de saber para mais acrescentar.Pena não saber!
    No entanto reconheço que desde que acompanho este blog, em tantos outros posts, fiquei ao corrente do declínio deste Solar após a sua aquisição pela Câmara de Chaves.
    Gostei na devida altura em particular, da atenção dada pelo Manel em refazer a planta do mesmo quando lá foi em visita.
    Mais tarde alterou o varandim em função do filme feito pelo seu pais nos anos 60 .

    Mas lamentos, quantos por aí haverão... quantos solares, quantas Minas de Água estão completamente abandonadas e à mercê de vandalismo e ruína completa por todo o país.

    Enraivece cada um de nós olhar mais em pormenor para o que foi seu ou conhece, custa muito mais a suportar,por ser um bocadinho de nós,dos nossos antepassados.

    Acredito que ainda escreva o livro que em tempos lhe falei sobre o Solar dos Montalvões.
    Nele acrescente alguns comentários curiosos e pertinentes, por certo o enriquecerá.

    Numa das fotos ao fundo julgo ver um aqueduto em arcos tipo romano usual ainda hoje em Setúbal, Tomar e Elvas embora este último muito maior.

    Consegui sentir mágoa, na descrição de total desleixo e abandono em cada palavra proferida pelos 3 comentadores.
    Corroboro na integra tamanho desespero,porque fechando os olhos consigo decifrar cada momento descrito, tal a transparente forma de vocábulo usada.

    Culpa das edilidades públicas que estupidamente continuamos a eleger, sem nada perceberem de Cultura e Património.

    Um dia a propósito da minha terra de adopção, Ansião, escrevi...
    Tenho uma enorme predilecção por pedras,hoje restam poucas, quase nenhumas, muito porque as gentes desta Ancião as destruíram,venderam ou então num gesto de gula as comeram para ninguém as ver!

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  6. Caro Humberto

    Antes de mais nada, deixa-me esclarecer-te uma coisa. Os únicos Montalvões interessados na memória do Solar sou eu e o meu pai e nenhum de nós tem feitio ou posses para ir a tribunal, pagar honorários milionários a advogados, perder horas e dias esquecidos em audiências, escrever ofícios a este e aquele outro dignatário. O meu pai está com bastante idade, tem a minha mãe muito incapacitada a cargo e eu sou um homem que detesto guerras, luto diariamente para manter uma casa sozinho, sem mulher-a-dias e contra um emprego que me irrita.

    Uma gigantesca guerra jurídica com a Câmara de Chaves está certamente fora dos meus planos e do meu pai.

    O que está ao meu alcance fazer é divulgar, retocar, as informações que o meu pai compilou e armazenou e divulga-las na net, para que a história não caia no esquecimento, para que outros talvez mais empreendedores possam usar se quiserem um dia reconstruir o solar.

    Quanto aos outros membros da família nunca se importaram muito com a casa e duvido que agora se recomecem a interessar.

    A tua indignação, Humberto é bem vinda no meu blog e todos os libelos contra a Câmara Municipal de Chaves a propósito do Solar são aqui permitidos. Contudo, eu pretendo dedicar-me à memória, sou um homem da história e nunca a uma batalha jurídica monumental e desgastante.

    Um grande abraço

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  7. Olá Luís,
    Ok, captado.
    Um abraço,
    Berto

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  8. Gostaria de esclarecer que, quando dei deixei aqui o meu comentário, o fiz num estado de espírito dominado pela incapacidade que sei existir entre todos os intervenientes para fazer o que quer que seja para reabilitar um conjunto habitacional que, sei de antemão, como tantos outros por esse país fora, está condenado ao desaparecimento, mas, espero, não ao esquecimento.
    É a única razão que encontro para estes escritos do Luís.
    Reverter o processo a que o edíficio se encontra condenado parece-me muito difícil, senão mesmo impossível; seria necessário vontade política, gosto pela preservação da continuidade da nossa herança cultural (que em Portugal é muito pouco, um ou outro foco aqui e ali, mas são excepções, não a regra), muita "carolice", e fundos económicos apreciáveis para reverter o processo.
    Claro que convencer alguma entidade pública a investir neste edífico, perante a conjuntura em que se encontra o país e, por consequência, as entidades camarárias, não me parece viável, pois teria de haver algum aliciante económico muito grande para o permitir, e, conhecendo o local (está longe de todos os centros de poder, nas fímbrias de um concelho já a raiar Espanha) não me parece que isso venha a suceder.
    Reverter judicialmente o processo de aquisição do edifício, seria completamente impensável, mediante o panorama jurídico que nos governa ... prevejo uma batalha desgastante a todos os níveis, com um desfecho periclitante, sem qualquer garantia de sucesso, que duraria anos e anos, com a consequência inevitável da ruína completa do solar ... ficar-se-ia pior do que se está na actualidade e o futuro seria exactamente o mesmo - o abandono e destruição completa do edificado!
    A única via que penso vagamente possível, se bem que esta possibilidade se me apresenta muito ténue, passaria pela teimosia de um agregado populacional que gostasse de ver o seu património respeitado e cuidado, mas isso passaria pela vontade de toda população e de uma teimosia a toda a prova. Conhecendo as colectividades como conheço, não vislumbro qualquer via neste sentido (não somos gregários; há indivíduos interessados, e bem haja por eles, mas são isso mesmo, indivíduos!)
    Ainda que não considere esta hipótese impossível, e imaginando o cenário hipotético de que uma colectividade conseguiria impor a sua vontade, de onde viriam os fundos para esta reconstrução que, de ano para ano, se faz cada vez mais onerosa? Remotamente possível, mas impraticável.
    A única coisa que resta é a conservação da memória através do testemunho escrito de quem conheceu o solar, da sua vida e da história das pessoas que o habitaram, para lá das tradições que podem ter perdurado na própria comunidade, como forma de legar ao futuro alguma coisa, senão o conjunto habitacional, pelo menos a sua memória!
    Manel

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  9. Obrigado pelo teu comentário muito bonito e lúcido, Manel

    Eu não serei certamente um lutador, um líder ou um desses homens que agarra numa multidão e as leva a atravessar o Mar Morto. A única coisa que reconheço estar ao meu alcance é escrever, transmitir a memória do Solar, usando a cultura que disponho e talvez sensibilizar a meia dúzia que me lê. Talvez por causa da minha formação académica, julgo que a única coisa que sei combater é o esquecimento.

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