domingo, 28 de julho de 2013

Cantão popular do séc. XIX: tentativa de arrumação de tipos decorativos

Uma travessa do Manel

Já há muito que tempo que andava a congeminar apresentar uma tentativa de arrumação dos tipos de cantão popular fabricados no século XIX. Enquanto que para o século XX já sabemos o nome de uns quantos fabricantes deste motivo decorativo, a Lusitânia, em Lisboa ou Coimbra, o Cavaco, em Gaia e as Louças da Pinheira, Faianças Vitória e S. Roque na zona de Aveiro, no século anterior só conhecemos Santo António do Vale da Piedade como fabricante de Cantão popular. Claro, essa fábrica nortenha não deve ter sido a única, a julgar inúmeras variantes que apresento de seguida. Presumimos que outras manufacturas na zona de Gaia e Porto e talvez também em Coimbra se tivessem dedicado igualmente à produção desta decoração, mas não temos a certeza, não temos provas. 

Neste trabalho de classificação, não vou incluir as paisagens com casario, também pintadas a azul e branco. Apenas tratarei as espécies de faiança com uma decoração derivada do Willow Pattern, isto é, o padrão do salgueiro


Tentarei aqui classificar por grupos algumas peças minhas e do Manel e estabelecer tipos e subtipos, designados por números e letras do alfabeto. Esses tipos corresponderão a fabricantes distintos ou talvez a diferentes períodos da vida de uma fábrica ou simplesmente ao pincel de diferentes artistas da mesma casa. Portanto, o que vão ler de seguida não é nenhuma classificação com pretensões a definitiva.

Para esta classificação, podia ter tomado as pastas e os vidrados como critério principal, mas como não sou químico, nem ceramista, usei a decoração para separar o trigo do joio e descobri algumas coisas engraçadas. O original Willow pattern apresenta três árvores, o salgueiro, que deu o nome ao padrão, uma árvore de fruto, cuja qualidade varia consoante a lenda (umas vezes é uma macieira, outras uma pereira e ainda outras vezes uma laranjeira) e por fim uma conífera. Os ceramistas portugueses irão representar no cantão popular o salgueiro ou a árvore de fruto ou o pinheiro. Por vezes, estes artistas anónimos derrapam completamente da representação dos motivos originais e pintam aquilo que me parece ser uma palmeira. 



1 Grupo do Salgueiro

1.A:
A este subgrupo pertencem a salva de aguardente e uma tampa de terrina do Manel e um pequeno prato que me pertence. Das três árvores representadas no willow pattern, o salgueiro, a árvore de fruto e pinheiro, só se representa a primeira. Os corações  que a Maria Isabel vê como típicos de Coimbra, mais não são que a estilização das flores do salgueiro, que estão no original padrão inglês. O topo do palácio do mandarim parece uma maçã cortada ao meio.
Salva de aguardente do Manel

Tampa de Terrina do Manel

Um dos meus pratos
1.B:
Nesta subcategoria inseri uma travessa do Manel, representando, o palácio do mandarim, o salgueiro e a ponte com as figurinhas. Esta travessa apresenta um vidrado muito brilhante e uma cercadura absolutamente invulgar no cantão popular, o que justificou a sua inclusão numa subcategoria à parte.

Travessa do Manel
1.C:
O Palácio do Mandarim parece um prédio pombalino com um andar nobre e tudo e as duas árvores são estilizações do salgueiro. O vidrado e a cercadura são semelhantes ao 1.A

Travessa do Manel

1.D:
A cercadura e o vidrado são iguais aos subgrupos 1.A e 1.C, mas são pintadas três árvores, talvez três salgueiros, e o palácio do mandarim assenta numa escarpa rochosa. Os passarinhos que simbolizam os dois amantes mortos são tratados com grande evidência.
Travessa do Manel

2 Grupo da árvore de fruto

2.A:
Aqui incluo a terrina que apareceu no catálogo do leilão da colecção de faianças António Capucho, Parte III, Abril de 2005, no Palácio do Correio Velho e que está marcada Santo António Vale da Piedade. A árvore retida do original do padrão do salgueiro foi a macieira ou pereira, que foi completamente estilizada.


2.B:
Subgrupo constituído por representações da árvore de fruto muito estilizadas, que quase se assemelham a composições feitas de apóstrofes. As cercaduras são típicas do cantão popular.
Uma das minhas terrinas

Uma travessa do Manel

Outra travessa do Manel

 2.C:
Subgrupo constituído por representações da árvore de fruto também muito estilizadas, mas dos ramos pendem pequenas esferas. Não sei se serão todos do mesmo fabricante. Na terrina, que me pertence o palácio do Mandarim tem um coroamento em forma de metade de uma maça, como o 1.A
Terrina do Luís

Travessa do Luís
3 Grupo da Conífera


3.A:
A conífera é representada quase como um pinheiro nórdico, como neste bule.


 
3.B:

A conífera é pintada como se fosse um paraquedas e o azul do cantão popular ganha cor aqui e acolá.  
Terrina do Manel


3.C

Tal como o anterior, a árvore conífera é pintada com um paraquedas. A disposição dos motivos irá ser usada até à exaustação no século XX. Cercaduras características do cantão popular imitando uma corda.
Prato do Luís

Prato do Luís

Prato do Manel


4 Grupo da Palmeira

Algum pintor, artista ou ceramista mais criativo aborreceu-se com os salgueiros, árvores de frutos e coníferas e muito criativamente resolveu pintar uma palmeira estilizada, como nesta terrina do Manel.
Terrina do Manel


Esta foi a sistematização possível. É natural que regresse a este assunto, criando novos grupos e eliminando outros, à medida que apareceram mais pratos, terrinas ou travessas. Por último, espero, que me perdoem por ter apresentado tantas peças de uma assentada. Temo que tenham ficado a pensar, que este post parece um daqueles estendais da Feira-da-Ladra, em que se vende tudo a um Euro.

21 comentários:

  1. Excelente trabalho!! E não pense que há fotos demais. Para mim, poderia haver mais até, viciado que sou no assunto. Percebi alguns cruzamentos entre algumas categorias, mas compreendo que esta poderia ser a "classificação ALFA - árvores". Depois poderia surgir a "classificação BETA - cercadura", "classificação GAMA - palácio", etc
    apreciei muito esta postagem, parabéns!
    abraços

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  2. Fábio

    Tens toda a razão. As árvores foram um dos critérios possíveis. Futuramente, tentarei usar as cercaduras e o casario como factor de constituição dos grupos e cruzando as informações talvez se obtenham resultados interessantes.

    Na verdade, comecei este post sem nenhuma ideia dos resultados que iria obter. Juntei as fotografias todas e depois usei uma técnica dos arquivos. Juntei as imagens por famílias e reparei nas diferentes árvores e lembrei-me de as comparar com o original inglês e fez-se alguma luz. O padrão do salgueiro britânico apresenta três tipos de árvores, que no cantão popular português geram decorações diferentes.

    Enfim, esta é apenas uma primeira tentativa e deste-me boas ideias para as sequentes.

    De Lisboa com amizade

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  3. Excelente referência para um principiante das faianças...
    Muito obrigado!

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  4. Caro JMF

    Obrigado pelo seu comentário.

    Esqueci-me de referir no início do post que no original "willow pattern" fabricado em Inglaterra, quanto maior era a peça, mais elementos decorativos apresentava. A travessa de uma terrina tinha uma decoração mais completa que um simples prato de sobremesa.

    Na faiança portuguesa, mesmo nas peças muito grandes, os pintores tendem a representar um único tipo de árvore, mas fazem-no de uma forma de tal maneira simplificada, que quase não conseguimos reconhecer a espécie vegetal tratada. Também é verdade que essa ingénua tendência para a abstracção faz parte do encanto da faiança portuguesa.

    Um abraço

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  5. Bem, estás de parabéns, pois, neste post, começaste a desbravar terreno de um assunto sobre o qual nada conheço publicado.
    Só o "diz que diz" ou as lérias tontas dos vendedores de feira que lhe chamam logo de "Miragaias" ou, mais anacrónico ainda, "Companhia das Índias"!
    Por isso estás de parabéns.
    Esta análise do elemento vegetal é o início, a seguir ao qual devem surgir depois outros elementos, como bem sugere o Fábio.
    Eu nem me tinha lembrado em dividir esta decoração em partes e trabalhar a partir delas.
    Tu deste início a esta tarefa, a qual poderá ser continuada, claro.
    Logicamente, o elemento arquitetónico será outro a pesquisar - aliás, neste teu post já abordaste um pouco este elemento, só que julgo ser importante e necessário escavar mais.
    Trabalhar no vazio é muito difícil, e requer não só uma grande quantidade de imagens que dêem uma informação sobre os motivos como também o trabalhar sobre os elementos fundamentais que constituam o padrão.
    Fazer tudo de uma só assentada seria perigoso e talvez até desmotive as pessoas que lêem as coisas na diagonal (mas a estas quaisquer conjunto de letras as deve desmotivar!), e fabricar textos muito longos e cheios de descrições é igualmente um perigo.
    Assim, estás mesmo a abordar este tema pela primeira vez, pelo menos de uma forma sistemática, mais rigorosa, o que é algo de louvar e de desejar por mais.
    Claro que esta é só uma etapa, porque fazer o salto destes modelos para a catalogação das diversas interpretações dos motivos a partir do original por fábrica ou, na impossibilidade destas, por regiões que seja, então isso seria mesmo o objetivo desejável, mas creio que aqui será quase impossível, no entanto, nada nos diz que não o devamos tentar pelo menos.
    Os desenhos utilizados pela Lusitânea, esses já quase os consigo distinguir, e os de Aveiro, alguns também penso que consigo, mas estes que refiro são os mais recentes, do século XX. O problema surge com os mais antigos
    Manel

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  6. Luís, lembro-me que este post já estava prometido há uns meses, mas imagino o trabalho que lhe deve ter dado a fazer! Embora difícil, acho que valeu bem a pena a tentativa de sistematização, que aliás o Luís já tinha iniciado doutra vez.
    Gostei imenso desta nova travessa do Manel, sobretudo do motivo da cercadura, que penso que é o mesmo duma terrina que já postei (03/02/2011) e também aparece num canjirão da coleção Capucho atribuído a Bandeira (24/05/2013.
    O que acho interessante constatar é que umas vezes são os motivos Cantão do motivo central que fazem a peça pertencer à família, outras vezes é a cercadura mais habitual - filetes azuis largos separados por linha em ziguezague - que acompanha estes motivos. Reparo que numa das travessas do Manel, se não fosse a típica cercadura, talvez passássemos pelo motivo central sem o filiarmos neste grupo de faianças.
    Um belíssimo conjunto de peças! Obrigada pela partilha.
    Beijos

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  7. Manel

    Esta foi de facto uma primeira abordagem, que há muito ganhava coragem para fazer, até porque calculava que não ia chegar a grandes conclusões. Tal como o Fábio recomenda vou tentar os palácios e as cercaduras. Obrigado pelo incentivo. Tu também tens uma quota parte neste trabalho.

    Abraço

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    1. Quando mencionei no meu comentário que o Luís já tinha iniciado uma sistematização de Cantão popular duma outra vez, referia-me ao seu post de Outubro de 2010 em que apreciei muito a análise que fez da evolução do desenho e da presença ou ausência dos vários elementos Cantão em diferentes peças.
      Um abraço

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  8. Maria Andrade

    Fui espreitar a sua terrina e o motivo decorativo é semelhante, embora o casario seja distinto. Julgo que estes losangos azuis pretendem sugerir a textura da cestaria em verga. No fundo esta travessa imita uma cestinha, só que com um fundo de cantão popular.

    Como leu no início do texto cingi-me só aos motivos derivados do willow pattern. A travessinha do Manel, cujo palácio parece um prédio pombalino foi o limite. Esta peça ainda apresenta as nuvens, os passarinhos e uma composição do tipo cantão popular, por isso inclui-a nesta relação. Porém, o Manuel tem outras, com cercaduras a imitar cordas, mas com casarios tão complicados que parecem cidades e essas peças exclui-as.

    Beijos e obrigado

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  9. Maria Andrade

    Percebo a que se estava a referir.

    Os comentários aqui deixados deram-me boas ideias para saber o que fazer de seguida. No fundo é tentar seguir o método usado no excelente livro os Meninos Gordos.

    Terei que também fazer uma espionagem mais sistemática nos blogs vizinhos e vou tentar juntar várias fotografias numa, para não fazer um post muito longo e fastidioso.

    Bjos

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  10. Luís , só tenho uma expressão para tudo isto que me ensinou :QUE :MARAVILHA !!! BEM HAJA !
    Ainda bem que vou para a Beira e posso assim espreitar os que lá tenho
    Um grande abraçao

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    1. Cara Quina

      Muito obrigado. É sempre muito simpática e fico contente por estas linhas terem sido úteis.

      Um grande abraço e boas férias

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  11. Caro LuísY, acabo por chegar em último na verdade estive ausente sem PC.
    Excepcionalmente este post brilha pelo luxo na apresentação, conteúdo, fotos, sobretudo pela análise cuidada em jeito de monografia.
    E aqui logo pensei-, pelo fato de há pouco tempo ter decorrido nas imediações do seu local de trabalho o 1º Congresso de faiança portuguesa e internacional, por certo pelas 5 H -, acabado o trabalho pôde dar uma espreitadela, acabou por se encantar com a propositura de alguns trabalhos...sei anda ansioso com a saída das atas, sobretudo sobre Santo António do Vale da Piedade.
    Nesse propósito este post tem tudo para fazer nascer um trabalho meritório, sobre as divagações do Cantão Popular em Portugal nas muitas fábricas que o produziram.
    Além das fábricas apontadas a VA também o pintou, tenho um prato, a fábrica Constância, tirei uma foto a um prato do Mercador Veneziano ;Cesol Coimbra e Sacavém tenho exemplares.
    Acredito que o José Reis por Alcobaça o desenhou noutro jeito, continuado pela OAL.
    Acredito que Coimbra também o pintou no século XIX-, afinal foram 100 anos com muitos dias, no caso com mais de 14 fábricas a laborar.Pois tem de haver pesquisa. Também de gente que nos Museus se inspire e ponha mãos ao trabalho em termos de catalogação, caminho árduo, mas se não for feito tarde ou nunca o será. Hoje já existem aparelhos para detectar a certificação, seja pelas massas, pintura, esmaltes, cores, e distribuição dos motivos, em trabalho análogo com o elaborado com os vidros de Coina, Marinha Grande e VA.
    Por último agradeço imensamente a partilha com excelentes peças que nunca vi nada semelhante de rara beleza em Museus-, e já conheço muitos, caso que até me intriga. No de Évora sei há bastantes exemplares, ainda não tive oportunidade de ir.
    Para mote de férias e de um bom aniversário em agosto no dia 5 que se faça luz e se aplique a fundo de corpo e alma, pois muito gostaria de o ver brilhar no 2º Congresso de Faiança.
    Tem tudo a favor, presença, tom de voz,coragem,gosto na pesquisa, estudioso, inteligente e fervor num tema apaixonante - a faiança portuguesa.
    Fica lançado o repto, assim sem papas na língua ao meu jeito destravado mas sentido de grande amizade.
    Parabéns ao Manel pela partilha das suas peças de excepcional valor.
    Boas férias.
    Bjo

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    1. Maria Isabel

      Obrigado pelas suas palavras encorajadoras.

      Neste post cingi-me só ao século XIX, à faiança e aos motivos derivados do cantão popular, logo exclui os produtos fabricados no séc. XX e a porcelana. Naturalmente que não apresentei tudo. Pouco tempo depois de o ter escrito o post, vi no blog da Maria Andrade duas ou três variantes que devia ter incluído aqui e ainda não fui passar a pente fino o seu blog, o da Maria Paula e o Memórias da Fábrica de Sacavém.

      Não me custa nada a acreditar que o cantão popular tenha sido também fabricado em Coimbra no século XIX, mas até agora não vi nenhum prato ou travessa com marcas, que indicassem inequivocamente aquela cidade como lugar de fabrico.

      Por essas razões neste post abstive-me de indicar possíveis fabricantes. Achei preferível não dar tiros no escuro. Julgo que com o tempo acabaremos por saber mais sobre este motivo tão fascinante e juntar famílias decorativas pode ser o primeiro passo.

      Bjos

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  12. Caro Luís,

    Não sei que mais acrescentar. Já tudo foi escrito. Talvez apenas reiterar aquela minha sugestão de tentativa de publicação de livro...
    Tanto o Luís, como o Manel são detentores de conhecimentos que dão e sobram para levar a cabo esse tipo de tarefa.
    Seja como for, adorei esta sistematização.
    Curiosamente, ontem lembrei-me bastante da sua pessoa pela simples razão de que fui dar um passeio a pé pela zona alta aqui de Alenquer, e fui encontrar perdidos no meio das encostas milhentos pedacinhos de loiças antigas (maioritariamente azuis e brancas).
    Conclusão: os antigos moradores deviam deitar para ali tudo o que consideravam não ter préstimo.As encostas funcionariam quase como lixeiras.
    Quem ali quisesse perder tempo decerto iria encontrar pedacinhos de história!

    Abraço

    Alexandra Roldão

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  13. Alexandra

    Essas lixeiras são preciosas. Também já apanhei algumas pedras e cacos interessantes nesses locais. Um amigo nosso, o Zé Júlio, do blog, pedras plantas e companhia, tem a obsessão de descobrir onde são os entulhos das câmaras municipais. Nesses sítios onde as autarquias despejam os restos de demolições e obras públicas existirão certamente azulejos, cantarias, ferros forjados e sabe-se lá que mais tesouros.

    Bjos

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  14. A propósito da loiça " cantão" ando há tempos para descobrir a origem de uma terrina cujos motivos têm algo semelhante. No entanto, é de cor verde clara, o tipo de pasta é muito leve e, na base, tem marcado o número 3 em alto relevo
    Como posso enviar-lhe uma foto para a eventualidade de estar disposto a dar-me uma pista?
    Obrigada

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    1. Maria Isabel

      Naturalmente pode enviar a imagem por e-mail. O que poderá acontecer é eu não ter resposta para lhe dar. Quantas vezes me escrevem a enviar-me peças de faiança e eu limito-me a responder, "olhe, o seu prato é lindo, mas não faço a menor ideia de onde é". Mas, força, envie a imagem

      Bjos

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  15. Caro Luis,

    Há muito que venho seguindo e consultando os seus post's em especial por causa deste tipo de faianças que muito me fascina. Recentemente descobri uma peça com carimbo MONTARGILA. Não sei se conhece, é e uma fabrica de Alges, do principio do século XIX. Vou num dia deste enviar imagens da mesma para seu conhecimento, pois assim será mais uma fabrica identificada.

    Um abraço,

    Jorge Gomes

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  16. Caro Luis,

    Corrijo, é do principio do século XX e não XIX, como por lapso indiquei.

    Um abraço,

    Jorge Gomes

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  17. Caro Jorge Amaral

    Desculpe só agora lhe responder. Não conhecia essa fábrica de todo, mas neste mundo das faianças estamos sempre a aprender. Se tiver a bondade de me enviar imagens para o meu e-mail, agradecia muito.

    Um abraço

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