sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cadeira com braços em estilo Luís XVI


Hoje apresento aqui uma cadeira com braços, estilo Luís XVI, que o meu amigo Manel comprou recentemente e que restaurou.

No século XVIII, as descobertas arqueológicas de Pompeia e Herculano, divulgadas através de álbuns de estampas, fizeram descobrir aos Europeus fartos de tanto barroco, a beleza e o equilíbrio da arte greco-romana. Em França, esta inspiração começa sentir-se nas artes logo no início do reinado de Luís XVI, em 1774 e deu origem a um estilo artístico no mobiliário e nas artes decorativas dos mais apreciados e também mais copiados da história da arte europeia. O estilo ficou conhecido pelo nome do soberano, Luís XVI (1774–1791), que reinou em França durante o período em que essa tendência artística esteve na moda. Não que Luís XVI fosse particularmente interessado nas artes, mas sim porque esse novo gosto à grega foi uma arte de corte, em que os príncipes de sangue e a própria Rainha Maria Antonieta fizeram encomendas fabulosas, a marceneiros, ourives e estofadores, definindo assim este novo estilo, que depois foi copiado por toda a sociedade francesa e pela Europa fora.
Quarto de Maria Antonieta no Petit Trianon. O célebre mobiliário das espigas de Georges Jacob. Foto Wikipedia

O sucesso dos móveis Luís XVI deve-se à forma graciosa e imaginativa com que se adoptaram as linhas severas e simples da antiguidade. Flores, frutos, grinaldas e outros elementos naturalistas, perfeitamente executados e tratados a uma pequena escala enfeitavam colunas e pilastras das cadeiras e cómodas, pintadas de cores claras e atenuavam a secura do formulário ornamental greco-romano. É um estilo feminino, feito para seduzir, que tem muito a ver com o próprio gosto da Rainha Maria Antonieta. 
Castelo de Versalhes. Apartamentos de Maria Antonieta. Foto Wikipedia
Talvez por isso nunca passou bem de moda. As linhas direitas do Luís XVI adaptavam-se bem aos interiores de estilo Império (1803-1821) ou da Restauração da monarquia (1821-1851) e no reinado de Napoleão III (1852-1870), por influência da sua mulher, Eugénia de Montijo, admiradora incondicional de Maria Antonieta, houve um verdadeiro ressurgimento do mobiliário Estilo Luís XVI. Nessa época, não só se procuram os exemplares originais, como se fizeram toda uma série de cópias, algumas de estupenda qualidade, que ainda hoje confundem os peritos e outras mais industriais destinadas a uma burguesia menos abastada. Os antiquários franceses designam esses móveis do século XIX, que o gosto de Eugénia de Montijo inspirou, por estilo Louis XVI, Impératrice.
O estilo Luís XVI nunca passou realmente de moda. Apartamentos de Maria Antonieta, Petit Trianon
Esta cadeira pertencente ao Manel data certamente dessa segunda metade do século XIX, pois já se encontrava estofada com molas, as quais apareceram cerca de 1850.
A cadeira reduzida ao seu esqueleto.


Quando o Manel comprou a cadeira, já estava estofada, mas como o tecido em seda encontrava-se muito gasto e rasgado aqui e ali, teve que a reduzir ao seu esqueleto, para fazer um novo estofo. Não mexeu na sua estrutura em madeira de mogno, que estava em muito bom estado, pois as madeiras exóticas são muito resistentes aos xilófagos, isto é, os bichinhos que comem a madeira, como por exemplo, o malfadado caruncho. Também não mexeu na cor, uma espécie de cinzento pérola colocado sobre uma camada dourada muito ténue, a qual se vê aqui e além, quando a tinta foi retirada pelo uso e patine.

O meu amigo Manel executou então as seguintes tarefas, cujos passos principais aqui descritos, consegui fotografar, para que os lêem este blog tenham ideia de como se estofa uma cadeira antiga.

1. Foram pregadas à estrutura uma rede interlaçada feita de precintas, tiras fortes feitas numa mistura de juta, algodão e cânhamo, juntamente com outros materiais que a tornam mais resistentes;

2. Às precintas foram cosidas as molas, para que não se desloquem com o uso diário do assento, e estas foram distribuídas com maior incidência nas áreas onde o peso da pessoa recai com mais força;


3. Pela parte superior, as molas foram seguras com corda de sisal relativamente fina atada com nós, para permitir que as molas não se desloquem na parte superior;

4. As molas foram cobertas com tecido de serapilheira, o qual foi cosido a estas.

5. Sobre esta serapilheira foi colocada a primeira camada de fibra (O Manel utilizou uma fibra relativamente comum no estofo à antiga, proveniente de uma palmeira anã do norte de África, a qual é mais barata que o enchimento à base de crina).

6. Sobre este enchimento foi posta uma segunda camada de tecido de serapilheira, a qual é então cosida, dando forma ao assento. É nesta fase que se dá a forma das esquinas do assento e espaldar, que devem ser mais acentuadas e finas nos assentos Luís XVI ou Império, e mais doces e arredondadas no móvel de estilo Romântico ou Luís XV, por exemplo.

7. Sobre esta camada cosida pôs-se nova camada de tecido, agora um pano-cru, para servir de base ao recheio final, o qual consta de uma manta de desperdício de algodão.

8. Como tecido final a colocar era fino, em que qualquer deformação se tornar-se-ia aparente, O Manel colocou uma última camada regularizadora em dracalon.

9. Por último, colocou-se o tecido final pregando-o com agrafos, que não destroem tanto a madeira da estrutura como as tachas de estofador.
A fita de passamanaria
Este tipo de estofo deveria levar uma guarnição de pregos de estofador, de cabeça arredondada, com patine, mas o Manel preferiu colocar uma fita em passamanaria em fio metálico, que também fica adequada e não destrói tanto a estrutura do assento.

O resultado final do trabalho do Manel foi muito bom. O tecido evoca os tempos em que Maria Antonieta se divertia no Peit Trianon e o padrão em listas com motivos florais adapta-se muito bem ao estilo da cadeira. É certo, que não é um original. É uma das muitas cópias do Século XIX do estilo Luís XVI, que aliás ainda hoje é reproduzido. Todas essas muitas imitações prolongaram no tempo um estilo que foi cronologicamente muito breve, 17 anos, mas cheio de vitalidade e constituem um singular tributo ao refinamento extremo da arte do reinado de Luís XVI.

Alguma bibliografia:

Le meuble en France / Jacqueline Viaux. - Paris: PUF, 1962

Styles, meubles, décors, du moyen age à nous jours / dir. Pierre Verlet. - Paris : Librairie Larousse, 1972

21 comentários:

  1. Luís ter um amigo de bom gosto e habilidoso como o Manel é um previl+egio! Não sei qual é a sua profissão (do Manel) mas é um verdadeiro artísta de requintado bom gosto. Adorei os pormenores pois també, tenho algumas peças para estofar de novo!
    Um bom ano para ambos e continue a brindar-nos com os seus posts deliciosos!
    Ana Silva

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    1. Cara Ana Silva

      Muito obrigado pelo seu comentário. O Manuel é professor do ensino secundário, mas tem um curso de restauro. Nesta área exerce a sua actividade sobretudo nos móveis que compra. É um homem que alia a habilidade manual ao conhecimento de história do mobiliário, tudo isto temperado com uma grande capacidade de observação e paciência.

      Achei que seria muito engraçado paras as pessoas, que gostam de antiguidades acompanharem o processo de estofagem de uma cadeira antiga.

      boas entradas e um abraço

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  2. Perdoem-me os erros mas a esta hora já estou a dormir...
    Ana Silva

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  3. Um agradecimento à Ana Silva pelas suas amáveis palavras.
    De todas as tarefas de restauro a que me dedico (eu não tenho capacidade, nem tempo para me dedicar a todas, com grande pena minha) esta, do estofo, é das que mais prazer me dá.
    Desde o delinear previamente as linhas finais que me interessa dar, para que não altere o cunho do móvel de assento (por vezes altero mesmo, se me parece mais adequado relativamente ao que tenho em mente), passando pelo cuidar da estrutura, consolidando-a, verificação dos diferentes tipos de estofo que teve anteriormente (já restaurei cadeiras que tinham sido previamente estofadas cerca de 4 ou 5 vezes), o escolher dos materiais, e, entre eles, o mais importante, o tecido de estofo final, estudar a forma de o cortar, no sentido de tirar partido do padrão, e, em simultâneo, não desperdiçar muito material, é todo um mundo de me vai passando pela mão.
    Por vezes é necessário fazer um trabalho de costura aturado e complicado, onde são necessários moldes prévios, mas isso aumenta o encanto da tarefa e também o desafio.
    É verdade que tenho feito estofos com os quais nem sempre estou de acordo, no entanto, e antes de mais, tenho de obedecer ao gosto do cliente, no entanto, e encanta-me constatá-lo, a maioria é gente sensata e sensível, com uma cultura que os faz saber o que querem, graças, seguramente, a pesquisas prévias, e então é um prazer, tão grande como quando o faço para mim, onde posso escolher os meus tecidos, alterar as linhas e dar asas à minha imaginação.
    Neste caso tive muita pena de não ter encontrado um estofo de época, pois, apesar de ser um tecido que considerei adequado, não tem mais de 50 anos, o que o faz um material recente, relativamente à idade do móvel. Mas afinal não se pode ter tudo.

    Foi a primeira vez que fizeste este tipo de trabalho, passo-a-passo, pois normalmente não presto atenção ao esmiuçar detalhado da metodologia, mas dá jeito e organiza as ideias.
    Fá-lo-ei mais vezes no futuro, até para confrontação futura de diversas metodologias que vou utilizando
    Manel

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    1. Manel

      Já há muito tempo, que queria fazer um post que acompanhasse a par e passo um dos teus restauros. Já aqui mostrei peças intervencionadas por ti, mas quem vê o seu estado final não concebe de forma alguma o estado miserável em que se encontravam. Já te vi transformar aos poucos móveis feios, sujos, que parecem ser até de um gosto duvidoso, de tal forma foram abastardados, em peças fantásticas, com uma patine cheia de dignidade. E é uma pena, que não temos guardado registo fotográfico de todos esses teus trabalhos.

      Julgo que para as pessoas que seguem este blog, mostrar os teus trabalhos é interessante, até para evitarem caírem em erros típicos, como a compra de um tecido desadequado à cadeira ou canapé. Cada época tem os seus tecidos e padrões típicos e antes de estofar uma peça antiga, convém averiguar através da consulta de livros de arte, quais os têxteis usados num determinado estilo de mobiliário e tentar encontrar no mercado panos no mesmo espírito, já que igual ao que se fazia no século XVIII ou XIX já não existe.

      Abraço

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  4. Olá,Luis
    Belíssíma cadeira ,esta do Manel
    Com todo o carinho que ele tem pelas suas peças,esta cadeira só podia saír uma beleza
    Para juntar ás suas maravilhas lá de casa
    Quem diz que os Homens não têem gosto pelas coisas de casa,engana-se
    O Manel então...ultrapassa muita senhora
    Um professor.
    Só podia ser
    Com aquele porte elegante e a sua personalidade...
    tinha que ser um Homem bem inteligente
    Que sabe bem aquilo que quer
    E ele quer ter uma casa de sonho. E consegue ter...
    Mas com muito esforço,vai fazendo as suas coisas maravilhosas pelas suas próprias mãos
    Assim dá mais gosto
    Grande Manel
    Um abraço para os dois

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    1. Muito obrigado pelas suas palavras Grace. Agradeço sempre muito a sua simpatia.
      Mas gostaria de reparar que o gosto, seja ele qual for, não é característico do género feminino, pois é algo universal, e que, e ainda bem que assim é, pertence afinal ao género humano.
      Há homens, assim como mulheres, cujo gosto admiro e com quem, dentro deste mundo, tento partilhar algumas particularidades que me agradam especialmente.
      Retribuo a sua delicadeza e simpatia
      Manel

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  5. Grace

    Muito agradeço as suas simpáticas palavras. O Manel é um homem minucioso e de facto tem feito alguns trabalhos de restauro admiráveis, que há muito que queria partilhar com os seguidores deste blog.

    Um grande abraço

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  6. Caro Luís, tenho que começar por dar os parabéns ao Manel pelo belíssimo trabalho que conseguiu, com a sua arte e bom gosto que, diga-se em abaono da verdade, não me surpreende, pois o Manel já nos habituou a isto. Ao Luís tenho que agradecer o belíssimo post e a "reportagem" sobre este restauro. Sabe que há meia dúzia de meses comprei uma pequena cadeira, à minha amiga D.Maria Isabel, da Casa de Assade, que também a hei-de mostrar aqui e, pela descrição que faz dos móveis Luís XVI, penso que se encaixará neste estilo. Lá estão as grinaldes, flores, creio que frutos e umas pernas muito elegantes, algo semelhants a estas, deste cadeirão.

    Mesmo não sendo este tecido, um tecido da época,acho-o muito gracioso e adequado à peça.
    Um abraço

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    1. Maria Paula

      As fotografias da cadeira já concluída são do Manel. O mérito é dele. Escolheu um cenário muito oitocentista, que se adequa à cadeira, pois no século XIX houve um verdadeiro revivalismo do estilo Luís XVI.

      O estilo Luís XVI é facilmente identificável pelas pernas em forma de coluna grega.

      Ficamos à espera das imagens da sua cadeira.

      O Luís XVI um dos estilos de mobiliário mais populares de sempre. Os americanos adoram-no e ao longo ao século XX foram comprando conjuntos inteiros de mobília Luís XVI em França, uns verdadeiros, outros falsos e em Nova Iorque ou Los Angeles podem-se encontrar verdadeiras réplicas de interiores franceses deste período de ouro das artes decorativas.

      O tecido que o Manel escolheu é realmente bonito e creio que dentro de dois ou três anos, quando tiver perdido algum do lustro de pano novo, ficará absolutamente perfeito.

      Bjos

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  7. Luís, sou eu outra vez:) Esqueci-me de lhe dizer que a primeira fotografia está de mestre.Conseguiu uns contrastes do claro/escuro maravilhosos. O glamour da peça decorativa que se vê em cima da requintada mesa em tom escuro a contrastar com o soalho e cadeirão, estão fantásticos. Parabéns!

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    1. Obrigado pelas suas palavras Maria Paula e fico todo vaidoso por ter gostado da minha fotografia. Vindo de si é um elogio apreciável.
      Manel

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  8. Luís,
    Mais um excelente registo. Não fazia a mínima ideia que restaurar um estofo era um trabalho tão difícil para se conseguir a perfeição. As fotografias estão excelentes, vê-se renascer a peça.
    Parabéns ao Manuel pela sua sensibilidade e perfeccionismo.
    O restauro é a arte do silêncio e da paciência. Temo que nunca conseguiria fazer uma proeza destas.

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    1. Agradeço igualmente o seu comentário, e concordo plenamente consigo sobre a ideia que o restauro é algo que exige muita paciência. É mesmo!
      Sensibilidade é importante, mas não imprescindível, basta ser-se competente e conhecedor daquilo que se trata.
      Claro que o virtuosismo é algo que exige mais, e é aqui que, julgo, entra a sensibilidade que vem de braço dado com a criatividade.
      Ainda não consegui atingir este nível, até porque sou obrigado a dedicar-me a várias tarefas díspares na minha vida profissional e pessoal, pelo que o restauro vem por acréscimo.
      O silêncio comigo mesmo é-me importante, até porque necessito de concentração. No entanto, e por norma, estou com a Antena 2 sintonizada, exceto se a música radiofundida é ... contemporânea :-( .... fico extremamente nervoso e até, por vezes, irritado, e começo a cometer erros que não se coadunam com as tarefas executadas.
      Manel

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  9. Cara Ana

    Muito obrigado.

    Já assisti fascinado a vários restauros do Manel e tinha esta ideia de fotografar a passo e passo um desses processos. Relativamente à estofagem, é muito curioso porque cada época, apresenta uma técnica diferente. Por exemplo uma cadeirão do Século XVIII não tem molas. Quem estofa uma cadeira ou um canapé tentará respeitar as técnicas usadas na época em que a peça foi produzida, claro, dentro das limitações que o mercado actual impõe, porque já não dispomos exactamente dos mesmos materiais, que os estofadores dos séculos XVII ou XVIII usavam.

    Um abraço

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  10. Das mãos do Manel só podia sair um trabalho assim perfeito, de extremo requinte e bom gosto! Muitos parabéns!
    Deve ser uma maravilha poder assistir ao desenrolar de um processo de restauro como este, ver a peça a ganhar nova vida e beleza, por isso invejo o Luís. Só a pesquisa histórica e a escolha dos materiais, principalmente o belíssimo tecido, seria para mim uma parte empolgante de todo o trabalho.
    Por tudo isto, agradeço aos dois terem-nos brindado com as fotos e com a explicação das várias operações, cheias de mestria e técnica.
    Abraços

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    1. Obrigado pelas suas palavras Maria Andrade. Gosto deste campo do restauro e, não sendo esta uma obra perfeita (já produzi coisas que me satisfizeram mais), não deixa de me dar muito prazer e o resultado pelo menos é limpo.
      Este passo a passo é que me é novo, pois por norma não me lembro de o fazer.
      Desejo que tudo esteja a correr pelo melhor em sua casa
      Manel

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    2. Maria Andrade

      Muito obrigado. De agora em diante, tentarei fotografar mais os vezes os restauros do Manel, que são de facto um trabalho gradual de transformação das peças muito engraçado.

      Bjos

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  11. Caros Luís e Manel,

    Desta vez chego atrasada, mas é sempre tempo para tecer rasgados elogios tanto ao executante do restauro, bem como ao "fotógrafo de serviço".
    Essa cadeira ficou um espanto!!!! Para realizar esse tipo de trabalhos é necessário não só mestria, mas também um excepcional olho de artista, ao qual se juntará a sensibilidade e bom gosto para a escolha dos materiais.
    O Manel deveria trabalhar no restauro de peças de museu, que requerem mãos e olhos especiais.
    Resumindo e concluindo, o Manel é um verdadeiro artista!!!
    Os meus parabéns a ambos,já que, sem o Luís, provavelmente nunca teria o enorme prazer de conhecer a arte do Manel.

    Abraços

    Alexandra Roldão

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    1. Ainda bem que gostou Alexandra. Pelo menos fi-lo com consciência de dever cumprido e que não passei em branco qualquer passo dos mínimos necessários para fazer a tarefa, porquanto, em alguns casos, ainda é possível construir mais camadas de estofo, dependendo do assento em causa.
      Neste caso limitei-me a repetir o número de camadas que o assento tinha originalmente, só a última camada foi diferente, pois coloquei um material que, no período do fabrico deste assento, não existia. Mas necessitava de uma superfície superior lisa e perfeita, sem que se notasse qualquer irregularidade, o que me estragaria o aspeto final.
      Agradeço-lhe muito as suas palavras que, a par das das outras comentadoras, constituem incentivo para continuar.
      Manel

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    2. Alexandra

      Muito obrigado. A escolha de um tecido para estofar uma cadeira antiga, implica sempre conhecer um estilo artístico e de facto o Manel alia uma boa cultura artística a um grande jeito manual.

      Bjos

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