Já vos contei muitas vezes sobre o meu hábito de espiolhar todos os contentores das obras da Baixa Lisboeta, que são muitas vezes ricos em azulejos pombalinos, pois as pessoas parecem acha-los muito feios e na primeira remodelação do apartamento ou prédio, aproveitam para mandar retira-los e pôr tudo no lixo.
No fim-de-semana passado, estava precisamente a esgravatar despudoradamente um contentor das obras na baixa, quando vislumbrei que tinha companhia no meu trabalho de prospecção. Era um homem dos seus trinta e tal anos, com ar de quem já conheceu melhores dias e que me abordou de imediato a perguntar o que procurava eu ali. Respondi-lhe que procurava azulejos antigos e então o senhor propôs-me ali sem rodeios, que lhe comprasse uma grande quantidade de azulejos antigos, que tinha em casa.
Em circunstâncias normais, recusaria imediatamente a proposta, pois quem vive no centro, em bairros populares, onde o clima de miséria do País já é muito evidente, torna-se duro e desconfiado, mas houve qualquer coisa naquele homem já quase sem dentes, que me inspirou confiança. Certamente foram os olhos. Os olhos determinam sempre as nossas escolhas.
Acompanhei-o então até á sua casa ali na Mouraria e fomos conversando pelo caminho. Percebi que estava doente, com uma hérnia, sobrevivia de uns biscates na construção civil e depois de se ter divorciado, vivia por caridade numa arrecadação da Câmara. Andava pelos contentores das obras à cata de ferro, azulejos, mobiliário e tudo o mais que pudesse vender.
Lá subimos e subimos calçadas e escadinhas da velha Mouraria e depois de entrarmos na arrecadação onde ele vivia, mostrou-me a um canto uns sessenta e tais azulejos Viúva Lamego (casa fundada em 1849 no Largo do Intendente Pina Manique) , do século XIX, de um padrão, que foi muito popular para revestir cozinhas, casas de banho, como também as próprias fachadas dos edifícios. Vendeu-mos por um preço estupendo, menos de um euro cada um e descemos os dois carregados de quilos de azulejos para o Martim Moniz, onde levantei dinheiro no Multibanco para lhe pagar. Despedimo-nos e trocámos telemóveis para futuros contactos. Gostei dele. Havia ali uma honestidade firme que a pobreza não tinha corrompido
Quanto à compra, segundo a obra Azulejos de fachada em Lisboa/ A. J. Barros Veloso, Isabel Almasque- Lisboa: CML, 1989, este padrão de azulejos era conhecido entre os operários da Viúva Lamego pelo curioso nome de, bicha da praça e foi fabricado em mais duas variantes, para além desta que já apresento. Também foi produzido em amarelo e só forma um padrão completo com 4 azulejos.
Segundo a mesma fonte, este padrão foi estudado por uma Senhora Brasileira, Dora Alcântara, que julgo que foi professora do nosso amigo Fábio. Esta estudiosa dos azulejos portugueses das casas de S. Luís do Maranhão concluiu que este motivo foi uma adaptação de um azulejo holandês, conhecido por Viersterren (quatro estrelas). Reproduzo aqui a página de um catálogo holandês do séc. XIX, de J. Van Hulst, de Harlingen, trazido à luz por Dora Alcântara e que o Fábio Carvalho teve a gentileza de me enviar por e-mail, onde aparece no canto superior esquerdo, a versão holandesa do padrão.
No fim-de-semana passado, estava precisamente a esgravatar despudoradamente um contentor das obras na baixa, quando vislumbrei que tinha companhia no meu trabalho de prospecção. Era um homem dos seus trinta e tal anos, com ar de quem já conheceu melhores dias e que me abordou de imediato a perguntar o que procurava eu ali. Respondi-lhe que procurava azulejos antigos e então o senhor propôs-me ali sem rodeios, que lhe comprasse uma grande quantidade de azulejos antigos, que tinha em casa.
Em circunstâncias normais, recusaria imediatamente a proposta, pois quem vive no centro, em bairros populares, onde o clima de miséria do País já é muito evidente, torna-se duro e desconfiado, mas houve qualquer coisa naquele homem já quase sem dentes, que me inspirou confiança. Certamente foram os olhos. Os olhos determinam sempre as nossas escolhas.
Acompanhei-o então até á sua casa ali na Mouraria e fomos conversando pelo caminho. Percebi que estava doente, com uma hérnia, sobrevivia de uns biscates na construção civil e depois de se ter divorciado, vivia por caridade numa arrecadação da Câmara. Andava pelos contentores das obras à cata de ferro, azulejos, mobiliário e tudo o mais que pudesse vender.
Lá subimos e subimos calçadas e escadinhas da velha Mouraria e depois de entrarmos na arrecadação onde ele vivia, mostrou-me a um canto uns sessenta e tais azulejos Viúva Lamego (casa fundada em 1849 no Largo do Intendente Pina Manique) , do século XIX, de um padrão, que foi muito popular para revestir cozinhas, casas de banho, como também as próprias fachadas dos edifícios. Vendeu-mos por um preço estupendo, menos de um euro cada um e descemos os dois carregados de quilos de azulejos para o Martim Moniz, onde levantei dinheiro no Multibanco para lhe pagar. Despedimo-nos e trocámos telemóveis para futuros contactos. Gostei dele. Havia ali uma honestidade firme que a pobreza não tinha corrompido
Quanto à compra, segundo a obra Azulejos de fachada em Lisboa/ A. J. Barros Veloso, Isabel Almasque- Lisboa: CML, 1989, este padrão de azulejos era conhecido entre os operários da Viúva Lamego pelo curioso nome de, bicha da praça e foi fabricado em mais duas variantes, para além desta que já apresento. Também foi produzido em amarelo e só forma um padrão completo com 4 azulejos.
Segundo a mesma fonte, este padrão foi estudado por uma Senhora Brasileira, Dora Alcântara, que julgo que foi professora do nosso amigo Fábio. Esta estudiosa dos azulejos portugueses das casas de S. Luís do Maranhão concluiu que este motivo foi uma adaptação de um azulejo holandês, conhecido por Viersterren (quatro estrelas). Reproduzo aqui a página de um catálogo holandês do séc. XIX, de J. Van Hulst, de Harlingen, trazido à luz por Dora Alcântara e que o Fábio Carvalho teve a gentileza de me enviar por e-mail, onde aparece no canto superior esquerdo, a versão holandesa do padrão.
Ao que parece este fenómeno de cópias de padrões holandeses, franceses e ingleses foi relativamente vulgar na azulejaria portuguesa do século XIX.
Os azulejos destinam-se a uma casita rural que o Manel comprou no Alentejo
Os azulejos destinam-se a uma casita rural que o Manel comprou no Alentejo
Pois, eu fui o feliz contemplado pela tua sorte.
ResponderEliminarFolgo por isso, e creio que irão ficar fantásticos, onde quer que fiquem.
O motivo é lindo e, são tão comuns duma época aqui em Portugal que não sabia sequer que tinham origem holandesa.
Mas se fossem azulejos holandeses seguramente o desenho dos mesmos seria cheio de rigor, como é hábito ver nas peças originárias destas paragens.
Os desenhos holandeses são feitos com um traço cortado ao milímetro, os brancos são quase puros, os azuis não escorrem, ao contrário dos portugueses onde o traço é mais livre, as cores acabam por se misturar criando várias tonalidades dentro da mesma cor, aproximando-se do efeitos criados pelo que se designa por "azul escorrido" (flow blue) - basta ver os azulejos criados para o Convento da Madre de Deus ou esses outros, de cariz já diferente, denominados por "Delft".
Apesar de admirar ambas as versões, julgo que não será com qualquer dose de chauvinismo que confesso gostar mais da portuguesa, ou então já estou de tal forma formatado pelo país onde vivo que aprendi a gostar mais desta versão.
Obrigado por me teres permitido ficar com eles
Manel
Grande Luis
ResponderEliminarIsso é que é ser um bom amigo
Carregar os azulejos para oferecer ao amigo Manel... um amigo desses não é para qualquer um
É Manel.Com um amigo como esse...
E o tal senhor que os vendeu,está aí a prova que vai-se o dinheiro,mas fica a dignidade
Mesmo na sua pobreza,continua um Homem digno,um Homem com H grande
Pois é ,Manel
Casinha nova no Alentejo...
Que a goze por muitos e muitos anos. E com a ajuda daí do Luis,está-se mesmo a ver
Azulejos belíssímos na sua antiguidade,e loiças antiquissímas
Enfim
Uma casa de sonho
Um abraço aos dois e já agora
FELIZ NATAL
Também para a Marílía
E todos os que não deixam de passar por aqui pelo
Velharias do Luís
Nossa Luis, que aventura! ainda bem que terminou tudo bem para você, e ainda por cima, com um rico acréscimo ao seu acervo. Eu teria ficado com muito medo de acompanhar tal homem até um endereço qualquer, onde poderia haver algum tipo de armadilha. Que bom que não foi assim!!
ResponderEliminarNa parte da descrição e estudo do padrão, o mais engraçado que de cara, ao ver o padrão, me veio à mente a sra. Dora Monteiro de Alcântara, e quando chego mais à frente do post, ah! Que susto! Você falou nela, e ainda me citou. Que engraçado foi isso!!
Aqui este padrão ficou conhecido como "bicha e estrela", ou "estrela e bicha" não lembro em que ordem agora. É um azulejo muito encontrado por aqui no Rio de Janeiro, ainda em fachadas de prédios antigos do centro da cidade até.
Gostei muito de conhecer as variações do padrão, até mesmo com uso de estanhola.
abraços!!
Fábio
Olá Luís
ResponderEliminarExcelente post. Adorei saber esse contacto anónimo que passou a ser conhecido de gente de bem. No futuro poderá ser uma mais valia para novas e baratas aquisições.
Melhor prenda de Natal, impossível!
Adorei saber que irão para uma casita alentejana do Manel. Que sostificação. Imagino como irá ser revitalizada sem lhe tirar a traça.
Giro,tenho um azulejo destes, o 2º padrão, e foi o Luís que num comentário me explicou, porque não sabia.
Não me tem visitadio. Sinto a falta de si.
Deixei os meus votos de Boas Festas no meu Blog, é o 1º contemplado.
Sei que é um homem atarefado. Muitos afazeres. Está desculpada, então não é Natal.
Desejo-lhe Boas Festas e Bom Ano com saúde para si,família e amigos.
Beijos
Isabel
Manel, eu vou concordar consigo. O que mais gosto no azulejo português é exatamente a grande variabilidade das peças. Isto para mim é o grande charme dos azulejos e louça portuguesa antiga.
ResponderEliminarabraços
Fábio
na sei que piada tem uns azulejos
ResponderEliminarvelhos,sujos
eu ja tinha deitado ao lixo
tanta parlepapeu por uns cacos achados no entulho
cada maluco
Caro Luís
ResponderEliminarParabéns pelo seu negócio.Bom para si, e para o vendedor, que ganhou um dinheirinho extra.
Quando leio os seus posts, sobre a arqueologia dos contentores, fico com uma certa pena de não viver aí.Por aqui, nada vejo, e olhe que ando bem atenta :)
Quanto aos azulejos eles são lindos. Gosto particularmente dos últimos.Ainda me fazem lembrar o meu único azulejo azul, na minha cozinha e que já tive oportunidade de mostrar.
Com um abraço desejo-lhe um bom Natal e um feliz Ano Novo.
Maria Paula
Cara Isabel
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário e peço-lhe desculpa por andar a frequentar menos o seu blog, mas os últimos tempos tem sido mais complicados e não consigo ir a todas. Mas irei lá espreitar as suas novidades.
Beijos
Manel e Fábio
ResponderEliminarEmbora aprecie os azulejos holandeses, encanto-me muito mais com a extraordinária liberdade criativa dos artificies portugueses.
Há uns tempos, quando lia a obra "Azulejos de fachada em Lisboa/ A. J. Barros Veloso, Isabel Almasque- Lisboa: CML, 1989", achei muita piada ver citada a Dora Alcântara, de que o Fábio tinha falado aqui neste blog. Percebi de facto que a senhora é uma referência na azulejaria portuguesa.
Abraços a todos
Cara Grazi
ResponderEliminarHá uns tempos que não aparecia no meu blog e ainda bem que voltou. Um abraço para si
Olá Luís,
ResponderEliminarEstes azulejos, apesar do desenho muito simples, fazem realmente um bonito efeito quando em conjunto. Gostei de saber a forma como os adquiriu e foi uma sorte encontrar esta quantidade por este preço. Ainda bem que foi na altura certa para serem aplicados numa casa portuguesa, neste caso a casa alentejana do seu, ousaria dizer nosso, amigo Manel. E foi mais uma pequena parcela do nosso património azulejar que foi salva da fúria destruidora do tipo Asdrubalensis... LOL.
Tenho quatro exactamente iguais aos q comprou, mas não sabia q são Viúva Lamego e q lhe davam esse nome de bicha da praça ou, no Brasil, bicha e estrela, segundo informação do Fábio Carvalho. Tem graça q andei, ainda na semana passada, pelo centro histórico do Rio, e não vi muitas fachadas com revestimento de azulejos. Não devo ter ido aos sítios certos para isso, mas em contrapartida andei nas velharias da Rua do Lavradio e na mesma rua estive num bar cheio de arte sacra, o Sanctu Scenarium, q o Fábio deve conhecer.
Abraços azulejares...
Olá Maria Andrade,
ResponderEliminarNão muito longe alí da rua do Lavradio, na qual, como você bem imaginou, vou quase todo mês, há alguns sobrados antigos ainda com azulejos portugueses e holandeses: rua do Riachuelo, rua Visconde do Rio Branco (2 sobrados exatamente em frente à rua do Lavradio, um deles cheio de "bicha e estrela"), e mais outras ruazinhas daquela área.
As igrejas são ótimos locais por aqui para ser ver azulejos da Holanda, de Portugal e mesmo França, Alemanha e Espanha.
Outro local com uma absurdamente rica coleção de azulejos portugueses é o Museu do Açude, que abragia a coleção que Castro Maia juntou ao longo de sua vida. O logo da Fundação Castro Maia, por sinal, é um detalge de azulejo, no caso, holandês. E lá há também muita louça e estatutária de faiança portugesa. É um paraíso para nós que aqui não temos tantos lugares para ver esta bela arte de Portugal.
abraços!!
Ainda andei no google a tentar descobrir os sobrados com azulejos bicha da praça ou bicha da estrela na Rua Visconde do Rio Branco, Rio de Janeiro, mas não tive sorte. Fiquei com a imaginação a trabalhar.
ResponderEliminarObrigado pelas informações sobre os museus que abrigam colecções de faiança e azulejaria portuguesa e que enriqueceram este blog, que é visitado não só por portugueses, mas por muitos brasileiros.
Abraços e boas festas, caro Fábio
Cara Maria Andrade
ResponderEliminarA filha pródiga volta finalmente à casa paterna. Sentimos falta dos seus comentários inteligentes e fundamentados.
Esperamos todos que que não haja muito mais asdrubaladas.
Abraços
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAmigos, desculpem mais um post, mas é que não fiquei satisfeito em falar as coisas acima, sem lhes passar alguma ilustrações. Então fiz uma busca no Google:
ResponderEliminarMuseu do Açude:
http://www.ceramicanorio.com/paineis/azulejosportumuseuacudecatromaya/azulejosportumuseuacudecatromaya.html
ruas, prédios públicos e igrejas:
em algumas fotos, vocês verão o caos que às vezes se fazia com a mistura de azulejos.
http://4.bp.blogspot.com/_NxPF_Z-acXk/SrAe6S5kVZI/AAAAAAAAAzE/atYBqWCR6eo/s1600-h/P7250057.JPG
http://picasaweb.google.com/fabiocarvalho2105/AzulejosAntigosNoRioDeJaneiro?authkey=Gv1sRgCJrX2LX57PPwHw&feat=directlink
obs: acabei de ver a mensagem do LuisY, ansioso por ver os azulejos aqui na pátria-irmã, então resolvi subir logo esta mensagem que eu estava preparando. No momento da postagem, só há 10 fotos no álbum acima, mas estou subindo mais agora mesmo, então, voltem ao album acima depois para ver mais fotos! Só queria dar uma "palhinha" para o amigo Luis!
abraços
Caro Fábio
ResponderEliminarFiquei satisfeitissimo com os links que me enviou e achei uma graça louca às fotografias dos prédios cariocas com azulejos portugueses.
Julgo que conseguimos fazer uma troca de informações extremamente proveitosas. Se me der licença gostaria de fazer até um post com com os dados que me enviou.
Um grande abraço
Certamente amigo Luis!
ResponderEliminarUse estas fotos à vontade!
Mas se puder esperar uma horinha à mais, acho que terei terminado de subir minhas fotos para o álbum Picasa.
Em outra ocasião, farei um álbum apenas com a faiança portuguesa no Museu do Açude, e lhe passo o link. Tem uma peça que acho que você irá gostar muito, um vaso, cuja pintura decorativa me lembro um pouco o Cantão Popular.
abraços!
Pronto! Por ora terminei de colocar fotos no álbum. bom proveito!
ResponderEliminarabraços
Fábio
Peço desculpa ao Luís por utilizar o blog dele, mas não quero deixar de agradecer ao Fábio Carvalho pela beleza que nos trouxe!
ResponderEliminarFiquei entre o espantado e maravilhado com a riqueza e diversidade da oferta que aqui fez!
Um bem haja
Manel
Olá ,Luis
ResponderEliminarMas eu sempre passo por aqui.Todos os dias. E sinto falta das suas palavras
Nem sempre o Luis pode andar de volta do seu blog
Agora eu não falho.Todos os dias...cá estou
Não tenho visto nada da nossa amiga Marílía Marques
Espero que tudo esteja bem com ela
E o Manel feliz da vida ,não é verdade ,Manel?
Um abraço aos dois e um Feliz Natal...que esse devia ser todos os dias
P.S. Já agora "amigo" Asdrubal,o que anda a fazer por aqui?Acho que se perdeu e enganou-se. Aqui só vem quem adora velharias e antiguidades
O blog do tio Patinhas é noutro lado
Por muito mal que se fale de certas peças ,eu cá acho que quem desdenha quer comprar. Não será esse o caso?
Olhe amigo,Feliz Natal para si também e que no próximo ano não esteja tão amargo
grazi
Caro Fábio
ResponderEliminarProvavelmente só depois do Natal, terei tempo de fazer o post, mas está prometido que os velhos sobrados cariocas da rua do visconde do Rio Branco vão ter aqui um lugar de destaque.
Abraço e mais uma vez obrigado pela sua contribuição
Caro Luís
ResponderEliminarAchei graça a essa imagem da filha pródiga de regresso à casa paterna... É q neste caso a filha deve ser bem mais velha do q o pai...
Já agora peço-lhe licença para responder aqui ao Fábio Carvalho.
Abraços
Caro Fábio
ResponderEliminarTambém já acedi a estes sites q enviou e vi todas aquelas belezas de azulejos, o que muito lhe agradeço. Não imagina como lamento não ter tido esta informação há mais tempo. Apesar de ter estado só 4 dias no Rio, teria certamente arranjado tempo para visitar o Museu do Açude e teria andado mais atenta nas ruas q mencionou, porq passei por lá. O nosso hotel era precisamente na Rua de Riachuello, por sinal muito bom e nada caro, o Hotel Monte Alegre. Também me lembro de ter passado na Rua Visconde de Rio Branco, a caminho da Praça Tiradentes e do Real Gabinete Português de Leitura, uma maravilha. Enquanto lá estavamos deram-se várias explosões no Teatro São Caetano, mesmo ali ao lado, q começou a arder. Foi um susto!
Quanto a azulejos, gostei de ver o trabalho de Selaron na escadaria da Lapa. Bela colecção de azulejos de todo o mundo,todos ali aplicados, incluindo alguns de Delft.
Bem, é melhor ficar por aqui para não abusar mais do blogue do Luís.
Pode ser q o visite no seu blogue e deixe algum comentário, aliás já o fiz uma vez.
Um abraço
Olá Maria Andrade,
ResponderEliminarO Real Gabinete é uma das maiores preciosidades desta cidade, pela beleza exterior e interior do prédio, e o inestimável acervo bibliográfico. Amo aquele lugar desde criança, pois meu pai é um apaixonado professor de literatura portuguesa, então desde moleque me acostumei a passar por ali.
Achar os imóveis ainda com azulejos no Rio não é tão simples, pois são poucos mesmo. Isso por conta da lusofobia que aqui se instaurou, de forma violeta, após a independência do Brasil. Qualquer coisa que se relacionada com Portugal era removida. Houve o absoluto afrancesamento da cidade.
Eu hoje coloquei mais umas 40 e poucas fotos, coletadas na web, de mais exemplos de azulejos antigos, de várias nacionalidades, aqui no Rio.
abs!
minha menina grazi
ResponderEliminarnão gosto de tijoleiras nem azulejos
como sabe que sou amargo?sou sim senhora
muito
e eu espero que o novo ano seja melhor para mim,sim
gosto do tio patinhas desde menino
como voce e intuitiva
tive muitos desgostos nesta vida
espero mesmo ser um pouco mais feliz para o ano que vem
peço desculpa a todos
mas eu na gosto de azulejos nem coisas velhas
na ligo,pronto
desculpe senhor luis
Caro Luís, sou amiga do Fábio, brasileira, artista plástica, professora de arte e grande apreciadora do trabalho de Fábio com a porcelana brasileira. Por intermédio do blog dele cheguei até este seu ótimo blog. Obrigada por me dar uma excelente ideia. Há três anos resgatei pedaços (só pedaços, infelizmente) de uma guirlanda de cimento de uma fachada de uma casa de dois andares do início do séc. XX e que haviam demolido (a fachada, não a casa). Guardei os pedaços para expor junto com desenho que fiz da tal casa, mas nunca tirei fotos dos pedaços em ordem. Vou dispô-los numa mesa e tirar umas fotos e expor o conjunto na internet junto com a foto da fachada antiga! E tive esta ideia agorinha mesmo, vendo seu blog! Parabéns pelo blog e pelo trabalho.
ResponderEliminarBOA NOITE,LUÍS
ResponderEliminarSOU MÉDICA EM COIMBRA
HERDEI UMA CASA SENHORIAL COM UMA FACHADA COM QUERUBINS ENORMES PERTO DE COIMBRA.SEI DA SUA PAIXÃO POR ESSAS COISAS E PENSEI CONVERSAR CONSIGO A RESPEITO
NÃO SEI EM QUE ANO FOI CONSTRUIDA ESTA CASA .SEI APENAS QUE FOI HERANÇA DE UMA TIA DA MINHA BISAVÓ
POSSO MANDAR AS FOTOS PARA QUE O LUÍS ME DÊ UMA LUZINHA DO ANO EM QUE FOI CONSTRUIDA?
AGRADEÇO DESDE JÁ
UM GRANDE BLOG ESTE SEU VELHARIAS
ABRAÇO
Cara Carolinna
ResponderEliminarSe quiser ter a amabilidade de me enviar as fotografias para o e-mail montalvao.luis@gmail.com, terei muito gosto em dar-lhe uma opinião.
uís
Cara Jane C.Z.
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário e fico muito contente por lhe ter sido útil. O objectivo deste blog passa muito por aí, isto é fornecer às pessoas imagens e informações sobre a azulejaria portuguesa, para lá das reproduções vendidas aos turistas. Se as pessoas puderem aproveitar as ideias aqui expostas para as outras artes decorativas, tanto melhor.
Abraços e volte sempre
Olá Luis,
ResponderEliminarPerdoe-me comentar uma postagem tão antiga, mas é que vim parar aqui por acaso, pesquisando a profa. Dora Alcântara, e foi muito engraçado ler nossa conversa, numa época em que eu nem poderia desconfirar de dali pra frente eu estaria em Portugal por 4 vezes já, conheceria vocês, e até mesmo veria estes azulejos no Alentejo! Nem mesmo o blog eu pensava ainda em fazer; foi preciso estar em Portugal em 2011, e ficar imerso em tantos e tantos azulejos, para que de uma curiosidade isto se tornar uma paixão (pelos azulejos, e pelo país). Depois ainda acabei por fazer palestra, ilustrar um artigo da mesma profa. Dora, e tantos mais que já me aconteceu. É a vida tem lá seus momentos que valem todos os outros que não são lá tão bons.
abraços e saudade!
Fábio
Fábio
EliminarTalvez de todas as artes que se desenvolveram em Portugal e no espaço lusófono, a azulejaria seja a criação mais original, mais deslumbrante e mais difundida e julgo que é fácil a qualquer um deslumbrar-se com este revestimento cerâmico.
Também me acontece muitas vezes quando a fazer pesquisas na net ir ter ao blogue da Maria Andrade, ao teu, ao meu ou ainda ou da Maria Paula.
O teu blogue sobre azulejaria carioca teve o mérito de me despertar para a azulejaria portuguesa do século XIX, coisa que não ligava grande coisa. Hoje estou sempre alerta, pensando se este ou aquele padrão de azulejo não existirá também no Rio.
Um abraço
Pois é Luis, e o pior é que eu acho que a coisa pode se tornar quase paranormal...
Eliminarhttp://azulejosantigosrj.blogspot.com.br/2014/08/ficcao-i-malhacao.html