Nem sei como começar este post. Talvez escrevendo, que muitas terras portuguesas tem um património arquitectónico interessante e que estão cheias de pormenores surpreendentes aqui e ali e que esse conjunto de singularidades formam um todo muito próprio, que nos agrada e nem sabemos dize-lo porquê. É o tal je ne sais quoi de que falam os franceses, mas que reside precisamente em detalhes, como o revestimento azulejar desta torre sineira em Fronteira. Os azulejos são do mais simples que há, azuis e brancos, formando um xadrez e apesar de ser uma combinação que qualquer criança é capaz de montar formam um todo cheio de ritmo e brilho.
Eu adoraria ter em casa azulejos destes. Por vezes quase que desejo que rebente um cano na casa de banho, para mandar partir os azulejos todos e colocar esta combinação, azul, branco, azul, branco, azul. Mas, enfim, é melhor não ter pensamentos destes, pois o cano rebenta mesmo e eu não tenho dinheiro para pagar ao homem. Mas continuo a sonhar com esta combinação infinita de azuis e brancos.
Este enxaquetado é muito apelativo, e, talvez tenha sido por isso, que encomendei à nossa conhecida Cristina Pina, para a casa de banho da casa do Alentejo, azulejos verdes e brancos, os quais foram instalados num padrão de xadrez, como este da torre.
ResponderEliminarO que é interessante, e até muito feliz, é que não há dois azulejos iguais, as irregularidades das arestas e das superfícies de peças moldadas à mão, os verdes que parecem mais azulados nuns, ou mais amarelados e esbatidos noutros, os brancos que ora têm uma tonalidade azul, outra mais castanha, outra mais amarelada, uma sinfonia de tonalidades que, afinal, fazem a diferença.
Manel
Olá Luís
ResponderEliminarRealmente é o "je ne sais quoi" que nos faz ter um espírito inventivo, tão próprio de quem de um nada faz um tudo. A combinação geométrica dos azulejos azuis e brancos, resulta e integra-se perfeitamente com as cores da paisagem alentejana.Com materiais simples e económicos faz-se uma decoração chamativa, enriquecida pela altitude, que a deixa ver à distância.
Cumprimentos.
if
Luís
ResponderEliminarSem dúvida muito bonita e fora de vulgar esta torre sineira. Há poucas semanas tive oportunidade de fotografar em Guimarães algumas paredes revestidas a azulejos azuis e brancos que formam combinações geométricas muito idênticas à que mostra.
Abraços
Manel
ResponderEliminarA Cristina Pina que conhece bem a azulejaria portuguesa criou para a tua casa de banho um motivo muito semelhante a este. Os teus talvez por serem verde e branco tem um certo ar art deco, mas os azulejos simples são intemporais e podem ser indexados a todas as épocas.
Cara If
ResponderEliminarO seu texto simples definiu em poucas palavras as caracteristicas principais do sucesso da azulejaria portuguesa.
Obrigado
Maria Paula
ResponderEliminarQueremos ver essas fotografias no seu blog, ou melhor exigimos!!!! As coisas fotografadas por si ganham uma ar especial.
Abraços
Olá Luís,
ResponderEliminarTenho andado atrasadíssima nos comentários porque só tenho conseguido vir de fugida ao computador, mas queria comentar este seu post desde que o vi.
É que a igreja de Condeixa, também tem uma cúpula revestida a azulejos e eu há tempos andei a fotografá-la, só que ainda não tinha tido tempo para ir ver as fotografias para poder comparar.
Afinal são totalmente diferentes, tanto a cúpula como os azulejos, mas é como diz, são pequenos elementos arquitetónicos cheios de encanto, que nos surpreendem se lhe dirigirmos um olhar atento.
Também penso que esta é uma particularidade nossa, e há algumas torres com cúpulas muito bonitas assim revestidas a azulejos, como a da Igreja dos Carmelitas no Porto.
Quanto a esta de Fronteira chega a surpreender com a sua simplicidade toda baseada na forma quadrangular: azulejos com quadrados azuis e brancos, cúpula em pirâmide de base quadrangular, torre de pedra, com pináculos na mesma forma, a sobressair altiva do edifício branco... Bonito conjunto!
Mas tenho na memória outras torres alentejanas com cúpulas assim, altas e quadrangulares, não me lembro é onde. :)
Abraços
Só como sugestão, e uma vez que gosta da decoração dos azulejos "azul, branco, azul" sugiro que visite, para o caso de ainda não o ter feito, o Chalet da Condessa d'Edla, no Parque da Pena, em Sintra, recentemente (parcialmente ainda) restaurado. A cozinha, muito bonita, está integralmente decorada, paredes e tecto, com estes azulejos colocados em diagonal. Só é pena que os que agora foram repostos não tenham sido de fabrico manual,como os originais, mas, enfim ...
ResponderEliminarCumprimentos.
emília reis
cara Emíçia
EliminarQue bela sugestão. Não sabia queo Chalet da Condessa D'Edla já estava restaurado. Sinto-me tentado a ir lá com os meus filhos. Obrigado e um abraço
Maria Andrade
ResponderEliminarA cúpula da Igreja de Condeixa parece-me um óptimo tema para um dos seus próximos posts. Os azulejos nunca cansam e supreendem sempre.
Bjos