Recebi uma série de imagens de azulejos de uma casa particular do Porto, enviados por uma seguidora deste blog. Esta senhora e o namorado, apaixonaram-se por uma casa antiga, compraram-na e ao contrário do que fazem a maioria das pessoas, mantiveram os velhos azulejos e salvaguardaram a alma da casa. E ainda para mais é a alma de uma casa do Porto, com azulejos típicos daquela cidade, que não se encontram em Lisboa, nem no Sul. São azulejos com o charme da pronúncia do Norte.
Estes azulejos são tão bonitos como intrigantes e receio não conseguir classificar ou atribuir-lhes um fabricante com segurança.
A cercadura. |
A cercadura é já nossa conhecida, é muito comum nos prédios do Porto e costuma acompanhar azulejos atribuídos à Fábrica de Miragaia datados da primeira metade do século XIX (1822-1850). No entanto mais fábricas do Porto e Gaia fabricaram este motivo decorativo ao longo do século XIX.
Painel atribuído a Miragaia |
Começando a laborar a partir de 1860, a Fábrica das Devesas, que nas últimas décadas do séc. XIX foi o mais importante centro industrial português de revestimentos cerâmicos e elementos de ornamentação de fachadas, produziu também este padrão, conforme assinalou o nosso amigo Fábio Carvalho. As Devesas exportavam para o Brasil, Espanha e colónias portuguesas.
Azulejos das Devesas de finais do XIX. |
Portanto, os azulejos da cercadura poderão ter sido também executados nos últimos trinta ou quarenta anos do século XIX.
A Fábrica de Massarelos que laborou todo o século XIX e ainda pelo início do século XX também fabricou este padrão das roseiras, conforme me indicou o Flávio Teixeira.
O mesmo Flávio enviou-me ainda um outro azulejo do mesmo padrão marcado Fabrica de Gaia, que não sei a que unidade fabril se reporta, pois houve tantas em Gaia, mas suspeito que seja às Devesas.
A marca de Massarelos |
A Maria Andrade encontrou também azulejos deste tipo, mas da Fábrica do Carvalhinho (1840-1980), marcados com as inicias FC.
Em suma, os azulejos da cercadura foram presumivelmente fabricados no Século XIX, no Porto ou em Gaia e poderão ter saídos dos fornos das seguintes fábrica: Miragaia, Devesas, Massarelos ou Carvalhinho. No entanto, fica aqui uma dúvida. As informações que disponho dizem respeito, quer a cercadura, quer ao padrão de enchimento. Não sei se por exemplo, Massarelos, as Devesas, Miragaia ou o Carvalhinho fabricaram os dois ou se uma fabricou só as cercaduras e outras o enchimento. É provável que tenham feito sempre os dois, mas a história está cheia de hipóteses, que pareciam prováveis e passados uns anos e tornaram-se perfeitos disparates.
Azulejo holandês com o motivo da roseira trepadeira, descoberto pelo Fábio Carvalho. Sgundo o catálogo do Museu Nacional do Azulejo da Holanda, foi fabricado entre 1875/1900 |
Ainda a título de curiosidade, a cercadura com a Roseira trepadora foi igualmente fabricada nos Países Baixos, conforme descobriu o Fábio Carvalho e pode ser que os nossos sejam então inspirados nos holandeses .
Os azulejos medem 13,5 x 13,5 cm |
Quanto aos azulejos com a cesta e flores, nunca os vi nas fachadas dos prédios de Lisboa e presumo que sejam um fabrico oitocentista do Norte, do Porto ou Gaia. Não encontrei nada escrito sobre eles, mas consegui perceber que tomaram como inspiração a faiança do século XVIII da cidade francesa de Ruão, como se pode ver nesta imagem que encontrei no site de um antiquário francês. Por sua vez, Ruão inspirou-se num motivo comum da porcelana chinesa, o cesto de flores, o emblema de Lan Ts'aibo, dos "Oito Imortais", símbolo de longevidade (obrigado pela achega, Manel!).
Prato de faiança de Ruão, séc. XVIII. http://www.cperles.com |
Por último, a nossa amiga do Porto, tentou informar-se junto da Câmara Municipal sobre estes azulejos e disseram-lhe que não era comum estes estarem colocados dentro de casa. Normalmente revestiam as fachadas dos prédios e portanto, algum anterior proprietário retirou-os do local de origem e colocou-os no corredor.
Pessoalmente, não me parece que os azulejos tenham sido deslocados. Se assim fosse estariam colocados às três pancadas e eles estão muito bem dispostos, adequadamente rodeados pelo lambril da roseira. É verdade que no século XIX, ao contrário do que se passou nas centúrias anteriores, os azulejos revestiram sobretudo as fachadas. Mas não só. Também os átrios das escadas, os halls e os próprios corredores, espaços de transição entre o público e o privado merecem decoração azulejar. A minha irmã viveu numa casa do início do século XX, cujo corredor estava revestido com azulejos em relevo e precisamente de uma Fábrica do Norte.
Não consegui descobrir mais nada sobre os azulejos desta casa do Porto. Talvez se um dia um dos azulejos cair a nossa amiga consiga descobrir a marca do fabricante. Até lá desejo-lhe a ela e ao seu namorado, que gozem do ambiente oitocentista da sua casa e encham-na com móveis vitorianos, quadros e muitas faianças do Norte.
Caro Luís,gostei muito deste post, embora eu seja apenas um apaixonado pela azulejaria deixo-lhe aqui os parabéns pelas imagens,quanto ao azulejo da cesta com flores já o vi no Porto na Igreja das Carmelitas e foi postado por mim aqui, http://azulejosnaminhaterra.blogspot.pt/2012/04/464-azulejo-das-carmelitas.html
ResponderEliminarCaro José Castro
ResponderEliminarMuito obrigado pela sua achega a este post, que só vem confirmar a presumível origem nortenha deste azulejo.
Um grande abraço
Acho interessante que tanto na casa de seus seguidores, quanto na Ig. das Carmelitas o azulejo com o padrão de vaso de flores apareça em interiores. Ele não me parece apropriado para uma fachada; acho que ficaria sobrecarregada uma fachada com tal padrão. E por isso mesmo, Luis, concordo com sua não aceitação de que estes teriam um dia pertencido a uma fachada e depois trazidos para os corredores da casa em questão.
ResponderEliminarMas naturalmente não me espantarei no dia em que alguém avisar aqui que encontrou uma fachada com estes azulejos, afinal, não há regras para azulejos de padrão. E quem sabe, em quantidade, e à distância, se tornem quase tão abstratos quanto qualquer outro padrão.
abraços
Fábio
ResponderEliminarEmbora me pareça que estes azulejos estão colocados no local de origem, até porque o facto de revestirem um dos altares da igreja dos Carmelitas, só reforça a ideia que eram usados no interior, também não me espantaria de os ver numa fachada, pois o uso que se dá ao azulejo é de uma criatividade sem limites.
Um abraço
Lisboeta
Esqueci de acrescentar: a versão holandesa, segundo o catálogo do Museu Nacional do Azulejo da Holanda, teria sido fabricado entre 1875/1900. E como quase sempre, tem 13x13 cm.
EliminarÉ uma pena não termos datas assim precisas para os azulejos lusos, pois daí saberíamos quem é o ovo e quem é a galinha.
abraços!
Caro Fábio
EliminarA resposta da Maria Andrade foi absolutamente precisa.
Em todo o caso, devia ter pedido à proprietária para medir os azulejos
Um abraço
Buona notte,Luis. Como stai?
ResponderEliminarLa casa piú bella di conservare nel cuore
Tutto bellissimo
sapore di vita
Sapori antichi
Sono sicuro che vivendo in una casa carina ´´e praticamente impossibili avere sogni cativi
Entrare nella casa e como entrare in um bellissimo sogno delicato
Es divina
TI abbraccio
Alessandra
EliminarGrazie
Ti abbraccio
Amigo Luis,
ResponderEliminarÉ engraçado como a partir das dicas de uns e outros nestes blogues vamos conseguindo ir desembrulhando novelos e identificar alguns fabricos. Não sei se está lembrado, mas este azulejo de Massarelos do Flávio Teixeira apareceu quase despercebido num post dele (26/07/2011) e foi o Luís que começou por reparar no azulejo com um motivo nosso conhecido de Miragaia e do Carvalhinho, com as rosas a azul e branco. Fiquei logo interessada em saber a marca e, conversa puxa conversa, depois de o Flávio me dizer quais as palavras que lá conseguia ler, informei-o de que aquela era uma marca de Massarelos que eu tinha descoberto entretanto e transcrevi-lha: FÁBRICA DE LOUÇA DE MASSARELLOS PORTO DE JOÃO DA ROCHA E S. LIMA.
Ora este João da Rocha e Sousa Lima, sobrinho neto de João da Rocha e Sousa, ainda descendentes da família Rocha Soares, esteve à frente da Fábrica de Massarelos entre 1878 e 1890, sucedendo-lhe a sua viúva, mas só até 1895, ano em que a fábrica fechou por 5 anos. Assim, e agora já respondendo ao nosso amigo Fábio quanto à datação destes azulejos, esse de Massarelos será do período entre 1878 e 1895, portanto contemporâneo dos holandeses. Mas não nos podemos esquecer que também os há atribuídos a Miragaia e esta fábrica fechou em 1855...
(Estes dados sobre Massarelos estive a relê-los online numa obra intitulada “Cerâmica Portuense”, 1995, de vários autores.)
Abraços
Enganei-me na data de fecho de Miragaia ;)
EliminarComo é conhecido, é 1850 e não 1855.
Muito obrigado!!!!
EliminarFicou registado.
Bjos
Maria Andrade
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu comentário que enriqueceu e completou este post. Indicou também a relação de parentesco entre os patrões de Miragaia e Massarelos, o que mais uma vez mostra como esta fábricas de Gaia e do Porto estavam ligadas por uma teia complexa de parentesco e de vizinhança e por isso as suas produções eram muitas vezes idênticas.
Tem toda a razão. Aos poucos, com os contributos uns dos outros conseguimos identicar fabricos e períodos de laboração.
bjos
É tão bacana este rede que se formou em torno do teu blog, Luis, onde cada um traz um pouco, e no final, todos aprendemos tanto!!
EliminarParabéns por ter construído este ponto de encontro para todos nós.
abraços!
Muito obrigado Fábio!!!!!
EliminarNão acrescenta nada às investigações que esta postagem gerou, mas achei engraçado dar de cara com este azulejo holandês agora, enquanto pesquisava uma outra decoração:
ResponderEliminarwww.geheugenvannederland.nl/?/en/items/TM01xxCOLONxx07518
abraços!!
Sem dúvida é a mesma família, só que o desenho do azulejo deste museu tem aquele traço quase caligráfico típico da arte holandesa. O azulejo português é pintado mais a correr.
EliminarE não é justamente este "pintado mais a correr" o que adoramos nos azulejos portugueses, e na cerâmica portuguesa em geral?
EliminarEm tempo: acabei de ver um vídeo explicativo para o fato de que não existe uma país chamado "Holanda", e que algo "holandês" significa que veio ou do distrito (no Brasil, estado) da Holanda do Norte ou do distrito da Holanda do Sul. E como os azulejos eram majoritariamente produzidos em Utrecht, Roterdam e Frísia, não são azulejos holandeses... QUE CONFUSÂO!
O correto então é dizer "azulejos dos países baixos", já que não temos uma tradução para "dutch", e o nome do país é Países Baixos. minha mãe...
Caro Fábio
ResponderEliminarimaginava que existisse também um azulejo holandês com esta decoração. Julgo que os pratos de Ruão, estes azulejos do Porto e esse azulejo holandês, que encontraste, devem ter todos como arquétipo algum motivo da porcelana chinesa. Até tenho ideia que já desfolhei um livro com este motivo na porcelana oriental, mas não tive tempo de o comprovar.
Em todo caso, fica a ideia de que ninguém é exactamente original e que este mundo da cerâmica é um mundo das cópias sobre cópias. Talvez nós em Portugal, que temos uma tradição rica em azulejaria fossemos levados a pensar que tudo o que produzimos foi único. De facto, o que fizemos foi interpretar de uma maneira original o que outros fizeram e sobretudo a nossa originalidade foi a forma como se relacionámos o azulejo com a arquitectura, transformando-a. Nesta originalidade arquitectural do azulejo português, o Brasil teve parte activa, sobretudo, quando o azulejo escapa do interior das casas e passa a revestir as fachadas.
Um abraço
Sim, Luís, já viu certamente muitos pratos com essa decoração e com tempo iria encontrá-los. Este tipo de cesto com flores, sobretudo o do 2º azulejo que o Fábio encontrou, é bastante comum na antiga faiança de Delft, certamente com inspiração na Kraakporselein de que se podem ver bons exemplares com cestos de flores na Casa-Museu Anastácio Gonçalves; no meu blogue aparece um na sala das porcelanas do palácio de Charlottenburg (post de 17/09/12) por trás de uma cabeça de buda, e também é um cesto semelhante que aparece na minha tacinha chinesa decorada na Holanda (http://www.artelivrosevelharias.blogspot.pt/2010/10/taca-chinesa-decorada-na-holanda.html).
EliminarAcho que já facilitei o trabalho se houver curiosidade... :)
E já que aqui voltei, não posso desta vez esquecer-me de dizer que achei a casa e os azulejos deste corredor lindíssimos! Parabéns à dona!
Abraços
Como um belo corredor de uma casa antiga serviu para tecer algumas considerações em torno da história do azulejo no Norte de Portugal.
ResponderEliminarÉ assim que o conhecimento se vai formando, sobretudo em torno de um conjunto de amantes deste assunto disposto a partilhar o seu conhecimento. Melhor que isto ... será difícil.
Quer tu, como dinamizador do blog, quer os comentadores se completaram de forma harmoniosa para que o post se tornasse mais rico e interessante.
Realmente talvez fosse igualmente útil saber as dimensões dos azulejos aqui apresentados.
Quanto ao motivo original de Ruão, será seguramente a reinterpretação de um motivo oriental, pois segundo um site que utilizo algumas vezes
http://gotheborg.com/glossary/symbols.shtml
o cesto de flores, na arte oriental, é «o emblema de Lan Ts'aibo, dos "Oito Imortais". É também o símbolo de longevidade»
Nada de inventa, antes tudo se transforma.
Os meus parabéns pelo tema e pelos comentários que se teceram em torno dele.
Manel
Manel
EliminarMuito obrigado pela tua achega que confirmou a minha suspeita, de que o motivo da cestinha com flores tem origem na porcelana chinesa. Irei actualizar o blog.
Abraço
Abraçp
Já está parecendo piada!! Estava eu novamente consultando o catálogo do Museu Nacional do Azulejo da Holanda, e agora me aparece este!
ResponderEliminarabraços
Olá a todos os leitores do blog,
ResponderEliminarEu como propriétária da casa não poderia deixar de agradecer a vossa ajuda e os vossos comentários, que são preciosos para mim pois ajudam-me a entender melhor a "alma" da casa e quem sabe a idade... Já sabia da existência dos azulejos com o mesmo padrão na Igreja das carmelitas :) (algo que me intriga pois a decoração interior terá terminado em 1650..)
Trago também mais uma informação acerca dos azulejos, as suas medidas são: 13,5x13,5... Espero que seja útil.
Um bom dia para todos.
Cumprimentos
Sofia Lopes
Parabéns pela bela residência, e a demonstração de inteligência e cultura ao preservar os corredores com os lindos seus azulejos!
Eliminarabraços cariocas,
Fábio
Maria Andrade
ResponderEliminarDe facto, passam-me tanto livros pela mão, que tinha a ideia que este cestinho com flores teve origem no oriente, aliás como quase tudo na cerâmica europeia. A Europa viveu quatro séculos fascinada com as loiças da China. Contudo, não posso ler todos os livros que me passam pela mão. Mal seria. Era despedido. Lolol.
Contudo, vou fotografando mentalmente as imagens e ficam aqui em arquivo.
Voltei a ler os seus posts e é curiosssimo como por vezes tudo se relaciona. De repente, os azulejos de uma casa oitocentista do Porto, Ruão, Delft, as cracas portuguesas e a longínqua China aparecem ligados por um fio invisível, que atravessa a história.
Bjos e mais uma vez obrigado pela sua estupenda colaboração
Cara Sofia
ResponderEliminarOs seus azulejos foram um sucesso!!!
Foi muito interessante mostra-los aqui. É uma forma de mostrar aos portugueses que os azulejos antigos são bonitos, valorizam uma casa e não devem ser destruídos. A Sofia nem calcula os azulejos pombalinos, que aparecem nos contentores das obras aqui na Baixa de Lisboa. As pessoas destestam-nos!!
Quanto à igreja dos Carmelitas, sabe que as igrejas estão sempre em obras e mesmo quando as obras estruturais param, há sempre mais um altar que é repintado, mais uns azulejos que se poem na sacristia e uns santos que se compram. Os padres adoram obras e e sei disso porque já trabalhei numa instituição católica e acredite, que, quando alguém falava levemente que ali ficaria bem uma porta, no dia seguinte estavam os pedreiros a partir tudo e abrir ali uma porta.
Por outro lado os azulejos do século XVII são muito característicos e não se confundem com mais nada.
13,3 x 13,5 são medidas que se encaixam nos parâmetros típicos dos azulejos portugueses.
um abraço e mais uma vez obrigado
Caro Luís,
EliminarEu imagino que isso seja verdade, aqui no Porto deve acontecer o mesmo, só tenho pena de não conseguir "resgatá-los",para pelo menos entregar na câmara que anda preocupada com o roubo destes azulejos, principalmente nas fachadas.
Aproveito para contar que na altura que estava a fazer obras tive que pedir várias vezes encarecidamente que não me partissem os azulejos, e para os que já estavam partidos ou a descolar pedi para me voltarem a colocar no lugar, ao que um dos senhores pedreiros me diz: "você está a pagar para lhe voltarem a colocar os azulejos, eu se os tivesse na minha casa pagaria para mos tirarem!..." Enfim...
Tive de sorrir e dizer: Ainda bem que não somos todos iguais...
Luís , que maravilha !!!Eis o que me apetece dizer...E pensar que tantas rel+iqyias destas têm sido destruidas por todo o país ...
EliminarMuitas felicidades aos donos que só ,se mais não fosse , or manterem esta beleza , merecem tê-la
AB.
cara Idanhense
ResponderEliminarMuito obrigado. Concordo. A maioria das pessoas detesta estes azulejos e primeira coisa decisão que tomam é mandar os trolhas retira-los.
Um abraço
jos
Luis
ResponderEliminarUm grande bem-haja.por mostrar esta linda casa
Concordo com os donos da casa
Muito bonita
Concerteza perderia a beleza se tivessem tirado os azulejos
São lindíssímos
A minha linda cidade do Porto tem milhares de casas com esses azulejos
Seria um crime arrancá-los
Parabéns aos donos e que sejam muito felizes nessa casa encantadora
Bem a merecem
Um abraço
Cara Grace
ResponderEliminarDe facto estes azulejos são muito característicos do Porto. Em Lisboa, que é uma terra de azulejos, estes motivos nunca aparecem.
Bjos
Achei uma foto em Braga dos azulejos das cestas com flores, combinados com azulejo de cruz e cálice nesta página do Flickr
ResponderEliminarFreguesia: Landim;
Concelho: Vila Nova de Famalicão;
Distrito: Braga
Fábio
ResponderEliminarA combinação é uma graça. Por outro lado, este teu "achado" só confirma que deve ser um azulejo fabricado no Norte de Portugal, provavelmente em Gaia ou no Porto.
Um abraço
Uma pena que não informem onde estão os azulejos, mas acredito que seja alguma igreja ou capela.
Eliminarabraços
Luís
ResponderEliminarPassado mais de um ano sobre este seu poste, passaram-me pelas mãos aqui em casa umas fotocópias com fotos de tardozes de azulejos (não sei de que obra porque levianamente não anotei a fonte) onde consta um com a marca FABRICA DE GAIA identificado como sendo de Santo António de Vale da Piedade.
É só para ficar registado mais um pouco de conhecimento sobre estes azulejos.
Bjs.
Maria Andrade
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu comentário.
Sabe que há uns tempos quando abri a página do face book do Francisco Queiroz sobre Santo António de Vale da Piedade encontrei um link para este post, que apresentaria azulejos daquela fábrica de Gaia?
Fiquei com a pulga atrás da orelha e agora a Maria Andrade vem dar razão a essas suspeitas.
Bjos
Luis, pois hoje estava eu na fanpage da Fábrica de Santo António de Vale da Piedade, e uma das postagens era com a sua última foto, com a informação de que seriam azulejos produzidos naquela fábrica:
Eliminarhttps://www.facebook.com/FabricaDeSantoAntonioDoValeDaPiedade/posts/480502602078868
abraços!
Fábio
EliminarAndamos na internet em círculos sempre a volta dos mesmos assuntos e constantemente esbarramos uns com os outros, porque de facto não há muita informação fiável sobre faiança e azulejaria portuguesas do XIX.
Também li esse texto da página do Facebook. Só foi pena não terem acompanhado a imagem retirada do meu blog com um texto explicativo, informando em que fontes se basearam para afirmar que os azulejos eram Santo António de Vale da Piedade. Acredito até que sim, mas podiam ter dado umas pistas, até por que há os azulejos da cercadura, produzidos por várias fábricas do Porto e os do cestinho de flores, que eu desconhecia. Mas, em todo o caso, sei que o autor dessa página é um homem conhecedor, até já trocámos alguns e-mails e hei de escrever-lhe expondo-lhe as minhas interrogações.
Um abraço