Sou péssimo para recordar aniversários. Deixo passar em branco os anos de toda a gente. Talvez seja por não gostar de falar ao telefone, por ser anti-social ou por ter medo de ser rejeitado, enfim, por qualquer dessas razões que o Freud tão bem explica, mas que num blog de velharias não interessam para nada. Mas, hoje decorrem 75 anos da morte do meu trisavô, José Rodrigues Liberal Sampaio e o meu amigo Humberto, que se recorda de aniversários, fez um post sobre o meu trisavô, que sugiro a visita. Já lá deixei o meu comentário.
Deixo-vos com uma fotografia do antigo quarto dele em Outeiro Seco, com os tais tectos em masseira, muito típicos da arquitectura solarenga portuguesa.
Ao meu trisavô, o Lili, como era conhecido pelos netos, dedico-lhe uma frase em latim, que é mais bela e pungente inscrição funerária que conheço e que ele como estudioso de epigrafia latina certamente gostaria, Siti Tibi Terra Leuis (que a terra te seja leve)
Tentei deixar comentário no blog do Humberto mas não me consegui entender com tudo aquilo que me pediram ... acabei por desistir.
ResponderEliminarMas o que tinha escrito ao Humberto foi que achei a ideia muito nostálgica mas pertinente, pois as pessoas podem estar esquecidas, mas, desde que tenham tido valor, acabam por não morrer.
É irónico verificar que centenas de pessoas devem ter passado pelo solar de Outeiro Seco, ocupantes desta casa por direito, mas foi através de um ocupante algo intruso que a memória se perpetua!
Manel
Olá Luis
ResponderEliminarSegui a sugestão e lá fui espreitar o blog do Humberto.Gostei do que li.
Mas estava de abalada para a terra , por lá com a chuva consumi mais televisão e algo me atraiu numa reportagem sobre a República que abordava o homem regicída;Manuel dos Reis da Silva Buíça nascido em Bouçoais (Valpaços), a 30 de Dezembro de 1876 e falecido em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908. Era filho do reverendo Abílio da Silva Buíça, abade de Vinhais, e de Maria Barroso.
Bem, dirá-me o que este tema tem haver com o seu trisavô?
Direi que estou curiosa em saber se o seu trisavô casou de facto e abandonou o presbítero ou no caso manteve apenas uma relação de amor com filhos, legítimos ou ilegítimos?
O que aprecie no abade de Buíca é ter naquela altura perfilhado os filhos, homem de grande dignidade em lhes conceder o seu apelido.
Em Trancoso onde existem ainda hoje muitos descendentes de outro abade ou padre Matos, nunca legitimou ao que se saiba nenhum...
Isto ser de igreja e fazer prevalecer os seus ideais é só pertença de alguns.
Desculpe-me a franqueza e a curiosidade
Beijos
Isabel
LuisY disse...
ResponderEliminarCara Maria Isabel
O Liberal Sampaio nunca deixou de ser padre, mas em 1902, depois da Maria do Espírito Santo ter morrido, perfilhou o meu bisavô.
Curiosamente o pai do Buiça era Abade da terra da família da minha mãe, Vinhais, que dista cerca de 70 km de Outeiro Seco.
Mas o Liberal Sampaio era um monárquico feroz e o filho do Buiça um carbonário ou republicano.
Beijos
Luís