Este canapé fazia parte do recheio do Solar dos Montalvões em Outeiro Seco. Ao contrário de uma ou outra peça de mobília ou de artes decorativas, que ainda me recordo nos seus sítios originais em Outeiro Seco, desta já não tinha qualquer ideia. Também a última vez que visitei o solar teria uns 16 ou 17 anos e nessa idade não tinha o olho treinado para as belas antiguidades e muito menos a consciência, que era a última vez que estava a ver a casa com o seu recheio original e que tudo aquilo iria ser dividido, disperso ou abandonado ao caruncho.
No entanto, com alguma paciência, visionei umas quantas vezes o filme,que o meu pai fez nos meados nos anos sessenta do interior do solar e consegui descobri-lo na chamada sala do museu, aquela divisão onde o meu trisavô, José Rodrigues Liberal Sampaio reuniu o seu gabinete de curiosidades. No inventário sumário da casa que a minha avô Mimi fez da casa, mais atento às artes decorativas, do que ao mobiliário, menciona nesta sala a existência de três sofás, com os respectivos conjuntos de cadeiras, sendo que os dois primeiros são do estilo D. Maria. Provavelmente, um deles será o exemplar da fotografia que apresento. A avó usou o termo canapé como sinónimo de sofá.
Do lado esquerdo podemos ver o canapé na sua localização original, no solar de Outeiro Seco |
Depois da partilha do recheio pelos herdeiros e da venda da casa, este canapé, calhou a minha avó Mimi, que o colocou no escritório da casa, em Chaves. Nessa época, nós os jovens, éramos constantemente admoestados, sobre a forma como nos devíamos ali sentar. De facto, estas peças de mobiliário são pouco confortáveis, frágeis e não foram desenhadas para as pessoas se estiraçarem-se nelas a ver televisão, com um balde de pipocas à frente. Estes canapés destinavam-se às salas de visitas, onde as senhoras, os cavalheiros e as criancinhas se sentavam muito direitas e compostas. As visitas eram um momento formal das classes mais abastadas. Havia até cerimonial próprio. As pessoas retribuíam as visitas, que faziam umas às outras e deixavam sempre um pequeno cartão e existia até um movelzinho próprio, que segurava uma bandeja em prata, porcelana ou faiança, para deixar os cartões de visita. Creio que se chamavam bilheteiras. Envergavam-se as melhores toilettes para esta actividade social e as senhoras nunca tiravam o chapéu. Enfim, este aparte, serviu só para explicar aos mais novos, o motivo porque estas peças de mobiliário são tão pouco confortáveis, pois correspondiam serviam uma actividade social muito formal.
A minha avó passou os últimos dez anos da vida dela num lar, completamente incapacitada mentalmente e o canapé ficou encerrado, na sua casa, às escuras, ganhando caruncho. Depois da sua morte, os filhos fizeram as partilhas e o meu pai ficou com o canapé. Colocou-o na sala de jantar. Porém, como era muito grande e atravancava a sala, despachou-o para um armazém e lá ficou outra vez por mais uma década, à mercê da humidade, do pó e do bicho da madeira.
Subitamente no Verão passado, o meu pai resolveu desfazer-se do armazém e dividir o seu conteúdo pelos filhos. Fiquei com a fonte em alabastro e este enorme canapé de quatro lugares, para o qual não tinha de todo lugar em casa. O Manel veio em meu auxílio, ofereceu-se para guarda-lo e lá foi ele para Pombal aterrar em mais uma arrecadação. Este Verão, o canapé viajou mais uma vez vez e rumou para o Sul, para casa do Alentejo do Manel. Aqui teve mais sorte, pois o Manel gostou dele e resolveu restaura-lo. Quando o Manel gosta muito de uma peça oferece-se para recupera-la.
O resultado do restauro foi este, que vemos na fotografia. A madeira de nogueira reapareceu debaixo da sujidade com um brilho muito bonito, mas manteve a patina do tempo. A estrutura foi consolidada e algumas partes muito atacadas pelo caruncho foram até refeitas. A palhinha foi limpa e passada com goma laca para ganhar algum lustro, mas sem brilho excessivo. Enfim, o Manel fez um trabalho que respeitou a antiguidade e a história da peça.
O trabalho em marcheteria. Os embutidos serão talvez em raiz de nogueira ou freixo |
Embora este tipo de peças seja vulgarmente designado pelo estilo D. Maria (1777-1816), a sua execução já foi certamente posterior ao seu reinado.
Cadeira inglesa estilo Regency |
Terá sido executado à volta de 1815-1830, ou talvez um pouco mais tarde, pois os braços e mesmo o espaldar já acusam os estilos da Restauração em França (período após a queda de Napoleão, 1815, em que os Bourbons regressaram ao trono de França) ou do estilo Regency, em Inglaterra. Mas o trabalho de marchetaria no espaldar, o uso da palhinha, a madeira clara, as linhas simples e suaves são ainda ao gosto do chamado estilo D. Maria.
Olá Luís,
ResponderEliminarComo sempre belíssimo o post.
É certo,chamam-se bilheteiras.Vou-lhe enviar uma foto de uma bilheteira minha, por e-mail.
Mas penso que irá ficar mais contente com umas cadeiras em pau santo, iguais às do Solar de Outeiro Seco.
Um abraço
Jmalvar
Olá Luís,
ResponderEliminarQue bela peça, ainda mais após o laborioso restauro feito pelo Manel!
Melhor ainda o post, tão cheio de história e informações sobre costumes de época.
Tenho novidades! Por volta de 7 ou 8 de novembro estarei em Lisboa, onde fico até o dia 13/11, pois no dia 14/11 parto para Caldas da Rainha, onde passo 10 dias, para executar um trabalho para a fábrica Bordallo Pinheiro.
Teria muito prazer em encontrá-lo, caso esteja em Lisboa neste período, e finalmente fazermos juntos algum dos seus roteiros pro velharias em Lisboa.
abraços
Fábio
Enganaste-te na legenda da fotografia, pois o canapé está do lado esquerdo, por detrás do teu avô Silvino, creio eu.
ResponderEliminarJulgo que os embutidos serão em raiz de nogueira, sem certeza absoluta, pois isto de identificar tipos de madeira é algo que nem sempre me é fácil.
Mas a estrutura é mesmo em nogueira.
A estrutura está algo fragilizada (e nem é para menos, numa peça que terá dois séculos), apesar da minha intervenção, pois há partes da trave frontal (a que está na horizontal) que estão completamente rendilhadas pela acção de xilófagos. Substituí as porções onde encaixavam os pés, para que estes tivessem uma base sólida onde se apoiarem, tendo o cuidado de deixar a madeira original nas porções visíveis, pois sou apologista que se deve manter o máximo possível das porções contituintes da peça original.
Caso se intervencione alguma porção, julgo ser importante, e tenho esse cuidado (a não ser que me peçam expressamente que não o faça), em a deixar sempre com uma tonalidade um pouco diferente para que, mais tarde, alguém que a volte a intervencionar, saiba o que já lhe foi feito.
Enfim, são alguns pormenores meio sem sentido, e até um pouco "bizantinos", mas gosto muito de verificar este tipo de cuidado quando uma peça me vem parar às mão.
Segundo um dos livros que tenho e que versa sobre mobiliário de assento, os termos "sofá" e "canapé" não são tecnicamente idênticos, apesar de serem utilizados de forma meio indistinta na linguagem comum.
O canapé terá os lados, sob os apoios dos braços, abertos enquanto o sofá os terá estofados.
Mas reparo que na linguagem comum não se faz grande diferença entre ambos os termos.
Assim, este seria pois um canapé.
Este canapé possui elementos ainda tipicos do estilo D. Maria, mas as linhas já apontam para um ar "Império" com elementos Regência, como é o caso do enrolar dos braços.
Terá sido uma reinterpretação e mistura das modas europeias que nos chegavam.
Mas gosto imenso desta peça e também do teu post
Manel
Uma óptima notícia esta da visita do Fábio! É muito bom saber que estará por cá e espero poder encontrá-lo pois tem um conhecimento muito abrangente sobre a cerâmica em geral. É muito agradável ter a hipótese de poder trocar informação
ResponderEliminarManel
Olá Luís,
ResponderEliminar(e se o Luís me permite, Olá Manel)
Que bonito ficou o seu canapé D. Maria de quatro lugares!
Uma cor quente, lindíssima com aquele elegante pormenor em tons diferentes da marchetaria e um brilho mate que me agrada muito.
Assim vamos tendo oportunidade de apreciar a perícia do Manel em restauro de mobiliário…
Também “herdei” um canapé – é uma história engraçada que talvez um dia conte no blogue – e hoje tenho-o no corredor com duas cadeiras iguais.
É de três lugares, com assento em palhinha, mas tenho um almofadão, feito à medida por um estofador, a protegê-la e não deixo lá sentar ninguém :) Por isso mesmo está no corredor que não é propriamente um sítio para se fazer sala…
É que ao contrário do seu que tem oito pernas, este só tem quatro, tem um vão enorme sem apoio e é uma peça frágil em cerejeira que já foi restaurada. Gosto imenso dele e respetivas cadeiras e não quero correr o risco de se partir ao meio…
Mesmo sabendo que eram usados em situações formais como o Luís tão bem descreve, custa-me perceber como peças destas conseguiram resistir ao uso de décadas (sempre havia umas damas mais anafadas ou uns cavalheiros mais corpulentos…)
O meu canapé é de estilo romântico como as cadeiras que também se vêem na sala do Solar de Outeiro Seco, junto à parede, no lado direito da fotografia.
Obrigada aos dois pela partilha de belas imagens e de conhecimentos...
Abraços
Viva Luis,
ResponderEliminarNovamente tenho de felicitar o Manel pelo trabalho de restauro feito no canapé. E com ele partilho algumas concepções relativamente à intervenção a fazer em trabalhos de restauro. Também considero, e é dessa forma que tento actuar, que se deve manter a maior quantidade possível da matéria original da peça, ou então seria fazer uma cópia, mesmo que fiquem partes, por exemplo onde se note a acção dos xilófagos (um dos meus maiores inimigos!!!!). Por outro lado penso que também, a acção do restauro não tem de ser necessariamente ocultada, pode ficar perfeitamente visivel sem ofender a beleza original da peça e sem comprometer o resultado final.
Efectivamente, como refere Luís, estas eram peças de aparato, que apesar da aparente fragilidade, quer na estrutura (estilo D. Maria) quer nos materiais (palhinha dos assentos) eram feitas para resistir, mesmo com todos os maus tratos ao longo dos séculos, e a verdade é que duram séculos ao contrário dos seus "parentes", os sofás, sobretudo os actuais num "estilo" mais descartável e sem dúvida muito mais informal. Mas a verdade é que foram criados para receber, serem colocados na melhor sala da casa, receber visitas e onde tudo obedecia a um cerimonial, portanto um sofá onde se ficasse afundado seria tudo menos elegante!
Abraços
C.
Olá Manel (me permite, Luis?)
ResponderEliminarPara mim será um prazer imenso encontrar não apenas o Luís, como também você, e todos os amigos portugueses que orbitam este blog!
Estarei em Lisboa por poucos dias. Antes estarei no Porto, serão 10 dias de passeios. E após Lisboa, serão 10 dias em Caldas da Rainha, aí já à trabalho.
Mais para perto da minha viagem, pretendo entrar em contato com vocês mais diretamente, por email (Manel, se puder, vá em meu blog, e deixe-me teu email, me escrevendo diretamente, meu email está lá).
Desculpe Luis por usar seu post para este recado!
abraços e felicidades para todos!
Fábio
Caro Joaquim
ResponderEliminarObrigado pelas fotografias que me enviou. Achei uma graça doida à cadeira que é exactamente igual à do Solar. Creio que essas cadeiras calharam a uma prima minha. Quando chegar a casa irei confirmar, pois tenho uma fotografia de uma dessas cadeiras.
Abraços
Fábio
ResponderEliminarMas que boa notícia nos deu. Terei o maior prazer em conhece-lo pessoalmente. Por e-mail vou-lhe enviar o número do meu telemóvel ( o celular)
Abraços
Olá Luís e claro Manel
ResponderEliminarAdorei a história e estórias de vida do canapé. A não ser na casa do Manel só mesmo num Museu.
Adorei o tratamento que o Manel lhe fez, um hábito já conhecido nestas lides de restauro. Gosto da peça e sei o quanto é desconfortável porque apenas há 55 anos os meus pais quando se casaram tiveram um conjunto de 3 sofás um maior e dois mais pequenos de costas de espaldar em madeira com corações em talhe lmofadados com umas molas terríveis que nos davam conta do....corpo.
Gostei bastante do enquadramento onde o Manel o colocou, ao lado uma colunata alta torcida em pau preto e do outro deslumbro uma portada de um armário encanastrado na parede, será? o chão em tijoleira rústica, a minha casa já o teve igual até ao dia que a minha mãe se fartou e o mudou por outra mais moderna...
Uma peça magnifica, o seu pai ao revê-la ficará por ser encantado!
Assim com gestos destes, de dar, saber receber, valorizar e manter continua como nova.
Bj
Isabel
Manel já contava com o teu comentário mais técnico para completar o post.
ResponderEliminarFizeste um trabalho estupendo e estou-te muito grato por isso.
Maria Andrade
ResponderEliminarComo referiu o C, apesar da aparente fragilidade destas peças, elas sobrevivem há duzentos anos, coisa que certamente não irá acontecer aos sofás modernos.
Estou cheio de curiosidade de conhecer o seu canapé. Confesso que sempre tive uma paixão por estas peças.
Abraços
Caro C
ResponderEliminarLeio sempre com prazer os seus comentários.
Já tive oportunidade de acompanhar alguns dos restauros do Manel e é sempre um processo fascinante, embora já me tenha assustado com a facilidade com que ele desmonta uma peça de mobiliário. Já cheguei a pensar que ele nunca mais conseguirá montar tudo de novo, mas no final, depois de muito trabalho opera-se o milagre, as peças erguem-se do chão, colam-se e aparece uma mesa ou um canapé rejuvesnecidos, mas mantendo a história e a dignidade.
Um abraço
Sei que o Luís agradece pessoalmente a cada um de vós, não obstante não quero perder a ocasião de aqui deixar igualmente os meus agradecimentos pelas amáveis palavras que a mim se referem.
ResponderEliminarTambém gostei bastante do resultado, mas demorei várias semanas até decidir o que deveria fazer, e qual a melhor forma de o fazer.
Nestas alturas fico sentado a olhar para as peças (por vezes fico só a olhar para elas durante o período de tempo que necessito para conseguir entrar no espírito da peça, como os actores de teatro que levam o seu tempo a encarnar um personagem), procuro informação sobre elas, investigo sobre a melhor forma de actuar, escolho as madeiras (tento sempre que sejam peças de madeira igualmente antigas, por isso passo a vida a recolher madeiras sempre que as encontro da qualidade que quero), estudo os tipos de encaixe que foram usados, só não respeito na totalidade o tipo de cola, excepto se a peça o justificar. Mas creio que as colas para madeiras fabricadas hoje levam vantagem sobre as antigas, mas se for necessário ainda as tenho como se usavam no tempo de antanho.
Quanto ao acabamento, e se tal for possível, nada há melhor que manter a patine concedida pelo tempo, pois dificilmente se pode igualar.
Nem sempre sou feliz no restauro de uma peça, e quantas vezes dou por mim a lastimar algumas opções, mas não será por falta de trabalho de pesquisa.
Quanto ao que a Maria Isabel refere, reparo que é observadora; é verdade, de um lado existe um armário encastrado na parede que recuperei, pois estava todo atacado por xilófagos e pintado com várias camadas de tinta desde o azul celeste até ao castanho "cor-de-burro quando foge", e do outro existe uma coluna que segura um candeeiro em forma de tocheiro, em estanho patinado, só que a coluna é em pau-santo.
A tijoleira, apesar de parecer antiga, é feita recentemente, mas de forma artesanal, uma a uma; e como cada uma das lajes é seca ao sol, algumas apresentam marcas de patas de animais ou de objectos que entretanto devem ter caído acidentalmente sobre elas e deixaram aí o seu rasto. Acho-lhes uma graça infinita!
Creio que é um dos dois sítios em Portugal onde as fabricam desta forma, lá para os lados das Galveias.
Manel
Olá Luís
ResponderEliminarParabéns pelo seu canapé, tão elegante na sua simplicidade, mas conservando a dignidade dos móveis de aparato. Imagino uma sala de visitas, daquelas que só eram abertas em dias certos, na qual as senhoras exibiam as sua toilettes e, cerimoniosamente, conversavam e bebiam chá nos serviços da Vista Alegre.
Apesar dos anos, resistiu e mostra, agora, toda a sua beleza.
Também tenho um, não tão antigo como o seu, que é usado diariamente, embora com algumas queixas de quando em onde.
Cumprimentos
if.
Olá Luís e Manel
ResponderEliminarVoltei, porque achei uma graça o Manel reparar como sou observadora...assim é de facto, há quem lhe chame outra coisa...
O tal móvel encastrado na parede fez-me no imediato lembrar de um semelhante ao da sacristia da igreja de Dornes que vem desde o século XV...e sobre o qual fiz um post em agosto.Um ano perdi o meu telemóvel e tive de esperar lá até que a missa acabasse para se usar o microfone. Vi o armário por dentro e nele a serem guardados os utensílios que fizeram o homilia, tudo em ouro, desde o cálice ás galhetas e...lugar provisório por horas...sei que são guardados em local seguro, à posterior, desta última vez passei por ele só para tirar uma foto à pia onde o padre lava as mãos.
Devo acrescentar que na zona centro ainda existem em algumas casas e ruínas de outras prateleiras em pedras encastradas nas paredes,com portada a fazer de armário só conheci a casa do meu bisavô em Ansião, sinónimo de casa mais abastada.
Julgo que em julho quando passei por Galveias vi a tal fabrica de tijoleira ( tenho uma mania de associar as terras com as pessoas que conheço e no caso tive um amigo cliente do banco que era de lá e tinha de apelido o mesmo nome).
Olhe que eu reparei que a colunata era em pau preto...então não me lembro de ver em miúda no tribunal onde o meu pai trabalhava lindos móveis no gabinete do delegado público e do juiz torneados a pau preto.
Bj
Isabel
Ah Luis, do que me foste lembrar.
ResponderEliminarNamorei, já há algum tempo, com uma pessoa que tinha uma verdadeira pancada sobre cadeiras. Uma verdadeira pancada, nem conto o que ele quis fazer n' Ajuda, durante uma exposição do Museu da Presidência, quando viu a cadeira dos leões. Mas, adiante: sabendo eu comoo ele gostava de cadeiras, canapés, sofás, encontrei numa livraria um livro que ele não tinha. A única coisa que ouvi foi: "cadeiras de colecções particulares. Durante uma semana, não ouvi mais nada dele, muito menos o vi, tão entretido que andou com a "porra" do livro.
Abraços!
Caro Luís
ResponderEliminarQue poderei acrescentar ao que já foi dito?
Que o canapé, carregadinho de história,que dá o verdadeiro sentido aos objectos, é lindo e que o Manel está de parabéns, pois as fotografias, juntamente com a descrição que o Luís e Manel fazem, deixam perceber um trabalho exímio de restauro.
Sei que não me levará a mal, por aproveitar este comentário para dizer ao Manel,que, todos os bocadinhos da sua casa que podemos ver na primeira foto, são de um primor excepcional.
Abraços
Cara If
ResponderEliminarJá sentiamos a falta dos seus comentários. De facto estas peças despertam a nossa imaginação, que tenta reconstituir os ambientes dos salões do século XIX.
Abraços
Sô Dótor Manuel Braga Serrano
ResponderEliminarHá muito que não nos cruzávamos na internet. Percebo perfeitamente o teu amigo e o seu gosto por cadeiras e canapés. O mobiliário antigo é fascinante e dá-nos vontade experimentar as paixões insensatas da literatura do século XIX
Abraços e volta sempre
Maria Paula
ResponderEliminarSentia já falta da sua presença sempre tranquila.
As casas do Manel são verdadeiros monumentos literários. Uma amiga minha que vive em França achou a casa de Lisboa do Manel verdadeiramente proustiana.
Abraços